O calor está nas alturas e o clima quente e seco na Capital do Espírito Santo está incomodando muita gente. No início da estação, o Instituto Climatempo revelou ao Gazeta Online que, se pudéssemos resumir o verão no Brasil em duas palavras, seriam elas "chuva" e "calor". Em toda a Região Sudeste, a temperatura deve continuar bem alta. A meteorologista Graziella Gonçalves informou que, tanto em janeiro, fevereiro e março, as temperaturas permanecerão bem elevadas.
"Ondas de frio, que andaram acontecendo até no início de dezembro, já não devem aparecer. Em fevereiro, os dias de tempo seco podem ter picos de temperaturas mais elevadas. Em março, a chuva volta a ficar em cima da média em todo o Sudeste", explicou.
EL NIÑO
O Climatempo afirmou, ainda, que o verão 2019 tem um diferencial importante e que determina mudanças nas características básicas da estação em cada região do Brasil. A estação está sendo influenciada pelo fenômeno El Niño, que se efetiva com fraca e moderada intensidade desde o fim de dezembro de 2018 e neste começo de 2019.
O El Niño é um fenômeno climático de escala global, caracterizado pelo aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico, predominantemente na sua faixa equatorial; ele ocorre em intervalos médios de 4 anos. Este aquecimento é geralmente observado no mês de dezembro, próximo ao Natal, por isso recebeu o nome de El Niño, em referência ao Niño Jesus (Menino Jesus), que foi dado por pescadores peruanos.
INCAPER E ÍNDICE DE CALOR
Hugo Ramos, meteorologista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), informou que o fenômeno El Niño contribui para o valor médio das temperaturas, e a expectativa é que elas devem ser mais altas em relação ao normal. "Isso não significa que vamos ter Sol e calor daqui até março. As temperaturas podem ultrapassar a média de temperatura de verão em Vitória, que fica em torno de 32ºC", explicou.
Junto com o verão, chegou o desconforto térmico. A sensação de cansaço é maior, e a vontade de sair de casa nesse calorão é zero. Hugo explicou que, para termos ideia da "sensação térmica", que, na verdade, é chamado de índice de calor, devemos levar em consideração duas variáveis: a temperatura e a umidade relativa do ar. "Quanto maior a umidade, o desconforto térmico é maior. Ainda mais em dias de mormaço, que é quando o dia está quente, calor, mas tem uma grande cobertura de nuvens", detalhou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta