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Trabalhador de empresa de mármore do ES morre após queda de chapas

Trabalhador de empresa de mármore do ES morre após queda de chapas

Homem de 42 anos morreu enquanto trabalhava em uma empresa de mármore e granito de Cachoeiro de Itapemirim na manhã desta quinta-feira (19)

Publicado em 19 de novembro de 2020 às 17:14- Atualizado há 3 anos

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Acidente de trabalho ocorreu em empresa de mármore e granito em Cachoeiro de Itapemirim
Acidente de trabalho ocorreu em empresa de mármore e granito em Cachoeiro de Itapemirim. (Reprodução/TV Gazeta Sul)
Trabalhador de empresa de mármore do ES morre após queda de chapas

Um homem de 42 anos morreu na manhã desta quinta-feira (19) enquanto trabalhava em uma empresa de mármore e granito em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 9h na indústria, que fica na localidade de Gironda, mas o trabalhador já estava morto. 

Segundo os militares, chapas de granito caíram sobre a vítima, que foi identificada como Jefferson Xavier. A perícia da Polícia Civil foi acionada e o corpo encaminhado ao Serviço Médico Legal de Cachoeiro de Itapemirim.

Jefferson Xavier, de 42 anos, morreu na manhã desta quinta
Jefferson Xavier, de 42 anos, morreu na manhã desta quinta durante o trabalho. (Reprodução/Redes sociais)

Jefferson deixa esposa e um filho. A família do trabalhador não quis falar com a reportagem.  O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Mármore, Granito e Calcário do Espírito Santo (Sindimármore), Messias Moraes Pizeta, esteve no local pela manhã mas disse que não conseguiu detalhes sobre o acidente.

“É um momento difícil, mas procuramos a família para colocar o sindicado a disposição para qualquer informação, qualquer dúvida. E encaminhamos também a denúncia aos órgãos competentes: Ministério Público do Trabalho (MPT) e Superintendência do Trabalho, para apurar o que de fato aconteceu”, afirmou Pizeta.

Segundo ele, trata-se de um setor "extremamente perigoso" para os profissionais. De acordo com o sindicato, com o novo caso, o número de mortes de trabalhadores da área chega a 12 em todo o Estado apenas neste ano.

A reportagem procurou a Pemagran por telefone e também presencialmente e aguarda retorno. Funcionários da empresa informaram que a administração estava em reunião e não poderia atender a imprensa.

Eles afirmaram ainda que as atividades foram suspensas pelo resto desta semana em virtude da morte do trabalhador e que os profissionais somente voltarão a trabalhar na segunda-feira (23).

A Gazeta também procurou a Polícia Civil, que informou que o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Infrações Penais e Outras (DIPO) de Cachoeiro de Itapemirim e que não irá repassar outras informações no momento para que a apuração dos fatos seja preservada.

MPT VAI INVESTIGAR O CASO

O Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT-ES) informou que teve ciência por meio da imprensa do acidente que provocou a morte do trabalhador e que vai abrir procedimento para realizar as investigações.

Serão analisados os relatórios de perícias técnicas a serem elaboradas pela Superintendência Regional do Trabalho (SRT) ou por outras equipes técnicas, depoimentos de testemunhas, documentos e outras medidas que se fizerem necessárias para o devido esclarecimento dos fatos e atribuição de responsabilidades pelos acidentes.

Ao constatar o descumprimento da legislação trabalhista, o MPT poderá propor aos investigados a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), com o objetivo sanar administrativamente as irregularidades constatadas no curso da investigação, ou mesmo ingressar com uma ação no âmbito da Justiça do Trabalho para a defesa dos direitos coletivos.

O MPT esclareceu ainda que a Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (Codemat) atua no sentido de coibir o desrespeito à legislação de segurança, saúde e higiene do trabalho e garantir a integridade dos trabalhadores do setor de mármore.

O órgão também ressaltou que toda empresa deve se comprometer a fornecer equipamentos de proteção coletivo (EPCs) e equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados a seus funcionários, bem como a cumprir as demais normas de saúde e segurança do trabalho, como a NR 22, que trata da segurança e saúde ocupacional na mineração, a fim de evitar a ocorrência de acidentes e de mortes.

* Com informações da TV Gazeta Sul

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