Publicado em 12 de junho de 2025 às 12:09
Para muitos, pode parecer uma ideia ultrapassada. Mas, para outros, é uma "nova" forma de demonstrar carinho e também ganhar dinheiro. As telemensagens, sucesso nos anos 2000, ganharam uma nova roupagem e voltaram a ser usadas por um público variado. Empreendedores do Espírito Santo viram uma oportunidade de inovar as mensagens, apostando até no uso de plataformas digitais.>
As telemensagens, que antes eram gravadas por telefone ou feitas ao vivo com ajuda de um carro de som, agora passaram a ser feitas e enviadas diretamente pelas redes sociais. Atraíram um público mais jovem e antenado, mas encheram de nostalgia os mais velhos. Além disso, contam até com ajuda da tecnologia, como a inteligência artificial, para produzir conteúdos diferentes, como áudios e vídeos. >
Stefany Amaral, de 26 anos, cresceu vendo a mãe, Maristela Santos Silva, passando mensagens de amor. Ela resolveu aproveitar a ideia e reembalou o serviço para os tempos atuais. Para o Dia dos Namorados deste ano, já são mais de 150 pedidos de telemensagens em todo o Brasil, e com os mais variados conteúdos:>
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A empreendedora Maristela disse que trabalhar com telemensagem foi algo que uniu a necessidade de uma fonte de renda com o interesse das pessoas em formas inovadoras de demonstrar amor e carinho. "Todo mundo queria passar e tinha muita gente empreendendo nesse ramo na época. E como eu também tinha recebido uma telemensagem do meu marido, eu achei aquilo muito encantador, algo diferente. Eu fui gostando de trabalhar e fui só aprimorando a ideia", destacou.>
O que começou com um aparelho de telefone, um rádio e oito CDs, virou um negócio maior. Na época, a mulher chegava a passar o dia inteiro na rua, especialmente em datas comemorativas, apenas passando e fazendo telemensagens ao vivo em várias cidades diferentes.
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"Cheguei a ter 400, 500 CDs de telemensagens. A gente buscava atender os pedidos das pessoas e o que mais saía eram as músicas de novela. Não posso ouvir as músicas do 'O Clone' que eu lembro de telemensagem até hoje. As pessoas viam a gente na rua e já pediam uma declaração. Eu ficava até 0h fazendo mensagem ao vivo e conheci quase todos os bairros de Vitória, Serra e Cariacica só fazendo declarações", comentou.>
Durante as saídas, Maristela também levava alguns mimos para os apaixonados entregarem durante as mensagens, como cestas com chocolates e bichinhos de pelúcia. Era uma maneira de incrementar os negócios.>
Atualmente, a empreendedora voltou a investir nesse mercado, com mensagens eletrônicas, mas até hoje ela confessa que recebe alguns pedidos para sair com o carro de som nas ruas e fazer uma telemensagem às antigas.>
Stefany enxergou nesse nicho uma oportunidade de fazer diferente vendo o trabalho da mãe.>
"Eu comecei na pandemia. Vi que era uma forma de trazer algo antigo para se tornar novo. Passei a oferecer telemensagens românticas por telefone e vídeos, com divulgações em todo o Brasil em uma plataforma de vendas. Hoje, tenho mais de mil clientes", relatou.>
A proposta é simples:>
Cada telemensagem sai hoje a partir de R$ 24,90. >
O streamer e empreendedor Thor de Souza Lima Kluk, de 36 anos, também começou com o hábito de passar telemensagens durante a pandemia. >
"Como eu conheço muita gente pela internet, usei a telemensagens como um mimo para pessoas do meu círculo familiar, amizade, e também serve como um quebra-gelo. As intenções são variadas, já enviei como paquera, agradecimento e até amizade entre parentes, todos gostam muito", contou.>
Até o carro de som também virou uma possibilidade para o streamer que rendeu uma história com uma ex-BBB capixaba.>
"Pensei quando a Gisele Bicalho saiu do programa que ela merecia uma homenagem à altura. Nada de comentário nas redes sociais, mandei um carro de som em pleno século XXI. Com direito a voz grave dizendo: 'Gisele Bicalho, o Brasil te ama! E o Thor também! Você brilhou no BBB! Vem ser minha musa dos stories!'. Ela ouviu até o final e ainda falou que eu fui maluco, mas criativo", narrou.>
Depois de ver que a ideia que pode parecer vergonhosa para muitos deu certo, o empreendedor passou a utilizar a mesma estratégia com outras pessoas.>
"Desde então, essa tática do carro de som virou minha marca registrada. Uso com seguidores mais fiéis, presenteadores das lives, até pra galera mais 'enganada' que não espera. E quer saber? Eles adoram! É brega? É. Mas quebra o gelo e gera história. E no fim das contas, network é isso: deixar a pessoa sem saber se ri ou te bloqueia, e ninguém me bloqueou ainda", brincou.>
Com informações do g1ES>
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