Repórter de Economia / [email protected]
Publicado em 10 de maio de 2021 às 17:04
Mais de um ano após o início da pandemia, consumidores do Espírito Santo ainda reclamam de excessos por parte dos comerciantes nos preços de itens voltados à prevenção contra o novo coronavírus. Com a terceira onda de Covid-19 que foi registrada no Estado nas últimos meses, o Procon-ES viu essas queixas voltarem a crescer. >
O novo boom de casos fez especialistas recomendarem o uso de máscaras mais eficientes, o que tem levado muita gente a trocar as máscaras de tecido e descartáveis pelas filtrantes N95 e PFF2. Mas a alta procura fez esses modelos se esgotarem rapidamente e os preços acabaram subindo.>
Diante desse cenário, o Procon Estadual, que atende os municípios capixabas de modo geral, registrou entre janeiro e abril deste ano, 131 reclamações relacionadas ao preço abusivo de álcool em gel e máscara no comércio, o que equivale a cerca de uma queixa por dia. >
Ainda segundo o órgão, os estabelecimentos que mais apareceram nas listas de reclamações desse tipo foram as farmácias. Em todo o ano passado, foram registradas 412 queixas pelo mesmo motivo, sobretudo nos primeiros meses da pandemia. >
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Caso o consumidor identifique que o preço do produto não condiz com o valor adequado e considere que a cobrança é abusiva, pode registrar uma denúncia formal por meio do aplicativo Procon-ES, disponível para Android, pelo e-mail [email protected], pelo WhatsApp (27) 3381-6250 e, ainda, pela central telefônica 151.>
O Procon de Vitória, que chegou a receber cerca de 100 queixas sobre o aumento nos preços do álcool gel e das máscaras em 2020, não tem observado reclamações do tipo neste ano, mas ressaltou que a pandemia não pode ser usada como justificativa para elevação do preço desses produtos, tendo em vista que um dos principais determinantes de preços é a oferta e demanda do mercado.>
O órgão orienta o consumidor a sempre pesquisar antes de efetuar qualquer compra. Mas, se ainda assim houver dúvidas sobre o valor elevado de um determinado produto, pode acionar o órgão municipal por meio do aplicado Procon Vitória, pelo site da Prefeitura de Vitória ou pelo número do telefone 156, do Fala Vitória.>
Neste ano, um novo tipo de queixa também tem chegado aos órgãos de defesa do consumidor, relacionada a falta de uso de máscaras. Em Vitória, o Procon municipal chegou a ser acionado por um consumidor que fez uma reclamação por não uso de máscara em local público. >
Já em Vila Velha, o Procon foi acionado por um consumidor que queixou-se que o vendedor de uma lojas do município não estava utilizando máscara. O funcionário foi repreendido pelo gerente da loja naquele mesmo momento, mas o pedido era para que os órgãos de fiscalização ficassem atentos.>
"O uso de máscara é indispensável, e, no comércio, como em outros lugares, não é uma opção. Quando viu que esse vendedor estava sem máscara, o consumidor ligou para denunciar porque aquilo colocava em risco não apenas o trabalhador, mas como os clientes do estabelecimento", explicou o gerente-executivo do Procon de Vila Velha, George Alves. >
Na Serra ainda não há registros do tipo, mas, conforme um decreto que entrou em vigor no último dia 26, o uso da máscara facial passou a ser obrigatório e quem descumprir a lei estará sujeito a multa que pode chegar até R$ 4 mil. >
A norma valerá enquanto o município estiver em estado de calamidade ou de emergência em saúde pública causado pela pandemia da Covid-19. De acordo com o Diário Oficial do município, as multas e verificações serão feitas pelas autoridades municipais que atuam no enfrentamento à pandemia. >
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