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Petrobras muda escala de trabalhadores em plataformas para frear a Covid

Petrobras muda escala de trabalhadores em plataformas para frear a Covid

Funcionários vão trabalhar embarcados por 21 dias seguidos, reduzindo o número de embarques diante do avanço das contaminações por Covid-19 nas plataformas de petróleo

Publicado em 5 de abril de 2021 às 21:03- Atualizado há 3 anos

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Plataforma P-57, no Litoral Sul do Espírito Santo
Plataforma P-57, no Litoral Sul do Espírito Santo. (Gabriel Lordello/Agência Petrobras)

O avanço das contaminações por Covid-19 nas plataformas de petróleo fez a Petrobras alterar temporariamente a escala dos empregados que trabalham embarcados em unidades marítimas. A medida visa fortalecer os cuidados com a saúde dos colaboradores em um momento crítico da pandemia.

Desde o início da doença, a empresa registra mais de 6 mil empregados contaminados, de um total de 46.416, sendo 5.667 já recuperados e 20 óbitos.

Segundo a companhia, a nova escala passa a ser de 21x28 + 21x35 dias, ou seja, dois embarques de 21 dias seguidos, respectivamente, por períodos de folga de 28 e de 35 dias. Essa escala será adotada temporariamente por um ciclo de 105 dias.

"Nesse período, o empregado fará dois embarques em vez de três, reduzindo em pelo menos 30% o fluxo de pessoas em deslocamento em aeroportos e rodoviárias", informou a Petrobras em nota.

A empresa explica que após o período de embarque, o empregado ficará mais dias em casa, o que também favorece o distanciamento social.

"Além disso, estão sendo priorizados os serviços essenciais a bordo e está sendo reduzido o pessoal embarcado (POB) em todas as unidades offshore. A Petrobras recomendou que as empresas terceirizadas adotem medidas similares", disse a estatal.

Essa é a segunda vez na pandemia em que a Petrobras adota a escala especial. A primeira foi há cerca de um ano, em março do ano passado.

OUTRAS MEDIDAS

Também visando a redução do contágio, a Petrobras adiou a parada para manutenção da P-58, maior plataforma em operação no Espírito Santo. O serviço estava previsto para acontecer em abril e acaba acarretando em um grande aumento no número de profissionais embarcados. 

O Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES) chegou a falar na semana passada em um surto de Covid-19 na P-58, com pelo menos 20 casos suspeitos da doença na embarcação, além de outros confirmados na P-57, que fica na mesma região, no Sul do Estado.

A Petrobras, por sua vez, negou qualquer surto e afirmou que a postergação da parada de manutenção da unidade como medida preventiva, visando reduzir a exposição das equipes e fortalecendo assim o distanciamento e as barreiras sanitárias nesse momento de agravamento da pandemia

A estatal destacou que realizada em suas plataformas desembarques pontuais como uma de suas medidas de prevenção à disseminação do Covid-19, o que inclui as unidades no Estado. "É importante esclarecer que o isolamento inicial e o desembarque de casos suspeitos e seus contactantes são estratégias de prevenção ao contágio e que, após os testes, na maioria dos casos a suspeita de Covid não se confirma", informou.

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