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Open Banking: 3ª fase libera Pix em loja on-line sem abrir app de banco

Open Banking: 3ª fase libera Pix em loja on-line sem abrir app de banco

Na prática, serviço vai permitir consumidor comprar e pagar tudo no mesmo local sem necessidade de abrir outras ferramentas para realizar transação

Publicado em 29 de outubro de 2021 às 08:56

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Com quase dois meses de adiamento, a nova fase do Open Banking começa nesta sexta-feira (29) com novidades que vão fazer diferença na vida do usuário. O sistema financeiro a partir de agora será integrado ao Pix, facilitando pagamentos em comércios eletrônicos.

O novo serviço, por exemplo, vai permitir que o consumidor faça todas as transações de pagamento no app da loja on-line sem a necessidade de abrir o aplicativo do banco. Na prática, a etapa possibilita que clientes façam compras no e-commerce e pague tudo no mesmo lugar. 

O Open Banking teve sua implementação iniciada em fevereiro de 2021. Em setembro, o mecanismo passou a liberar que bancos, fintechs e outras instituições financeiras, autorizadas pelo Banco Central, compartilharem informações sobre o cliente.

A proposta libera intercâmbio de dados sobre transações de cartão de crédito e operações como financiamentos e empréstimos. Nesta etapa, os bancos estão autorizados a permitir o compartilhamento de até 1% da base de clientes.

No mercado, operações de empréstimos e financiamentos costumam oferecer vantagens para clientes mais antigos, em que o banco já conhece o perfil do correntista, a estabilidade de sua renda e o cumprimento das dívidas pagas até o vencimento. Ou seja, bons pagadores, pagam taxas menores e podem ter créditos maiores na praça.

Antes, se o cliente de um banco fosse procurar uma outra instituição para fazer um financiamento, por exemplo, essa nova instituição financeira não tinha como ter acesso ao seu perfil no banco anterior, de modo que essas vantagens que ele poderia ter na primeira instituição, não podiam ser replicadas em um banco que ele ainda não tinha um histórico de relacionamento.

Na prática, com o Open Banking, esses dados do histórico de transações dos clientes serão compartilhados e o correntista poderá comparar em um mesmo ambiente – como um aplicativo de banco, por exemplo – os serviços disponibilizados por cada instituição financeira.

Os consumidores poderão ver em quais instituições, com base em seu histórico de transações, oferecem o maior crédito, o maior cheque especial e as menores taxas.

O Open Banking consiste em um conjunto de regras e tecnologias que permitirão que dados, produtos e serviços financeiros dos clientes sejam compartilhados com outras instituições por meio da integração dos dados no sistema.
Open Banking facilita administração de dados de consumidor. (Mindandi/Freepik)

O Open Banking começou a ser instituído em fevereiro de 2021, com a troca de informações entre as instituições, sobre seus produtos e serviços. Na segunda fase, iniciada em agosto, os clientes passaram a poder solicitar o compartilhamento, a partir dos aplicativos dos próprios bancos participantes, e, assim, ter acesso aos serviços de outras instituições a partir de seu histórico de transações. 

Como as instituições financeiras têm um prazo para adaptar os sistemas, entre agosto e até o dia 26 de setembro os pedidos de compartilhamento de informações estavam limitados a 0,5% dos clientes, e limitados apenas a dados cadastrais e de contas correntes, poupança e pré-pagas.

NOVOS BENEFÍCIOS

A implementação do programa tem três temporadas e cada uma dessas tem uma série de etapas a serem cumpridas. O passo de agora, que faz parte da segunda fase e que vai até o dia 10 de outubro,  libera as empresas a compartilharem os dados anteriores e as transações de cartões e de operações de crédito.

Dentro da segunda fase tem ainda, de 11 a 24 de outubro, a permissão do compartilhamento de todos os dados cadastrais de 10% da base de clientes.

Já a terceira fase, uma das mais esperadas e prevista para o dia 29 de outubro, o Open Banking vai promover a integração entre bancos e instituições financeiras. Dessa forma, será possível fazer pagamentos por Pix utilizando aplicativos que não necessariamente precisam ser do banco onde está o saldo a ser utilizado.

Será liberado, inclusive, o pagamento  por meio de apps que não sejam do banco, como os de varejistas e de redes sociais. A proposta é que essa concorrência reduza os juros cobrados dos consumidores. A ideia é que esse modelo seja uma alternativa ao cartão de crédito, principalmente quando o Pix puder ser parcelado, modalidade que será liberada em 2022.

A fase quatro, que abrange dados sobre câmbio e serviços de investimento é o início da migração do sistema para o modelo de Open Finance. Esse mecanismo mais evoluído dá a liberdade de o consumidor compartilhar dados de aplicações financeiras, por exemplo, como renda fixa, operações na Bolsa de Valores e mesmo pagamentos de seguros e previdência.

Prazos de implementação

1ª fase: 01/02/2021
 Instituições financeiras cadastradas no Banco Central disponibilizaram informações sobre seus produtos e serviços oferecidos para diferentes perfis de clientes.

 2ª fase: de 13/08/2021 a 24/10/2021
 Dados cadastrais dos clientes que permitirem o compartilhamento dos dados são disponibilizados para outros bancos. Informações incluem dados de contas corrente, poupança, contas pré-pagas, transações como cartões de créditos, operações de crédito (financiamento e empréstimos).

 3ª fase - 29/10/2021
 Será possível fazer pagamentos usando o saldo de uma conta de uma instituição A, utilizando o aplicativo de uma instituição B, onde o cliente já tenha conta. Consumidores poderão ter em um mesmo ambiente as informações de contas em diferentes bancos. A operação vale para transferências por TED ou PIX.

 4ª fase - 15/12/2021
 Dados de operações de câmbio, investimentos, seguros, previdência complementar e contas-salário também poderão ser compartilhados.

Com informações de Rafael Silva.;

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