Manter o Espírito Santo competitivo e seguindo as melhores práticas ambientais e de governança estão entre os propósitos do plano de desenvolvimento de longo prazo ES 500 Anos, uma parceria do governo do Estado com a ONG Espírito Santo em Ação. Agora, a iniciativa realiza oficinas para debater a realidade das microrregiões do Estado, com debates sobre potencialidades, objetivos e desafios.
Já foram realizados encontros nas microrregiões Central Sul, em Cachoeiro de Itapemirim; Caparaó, em Alegre; e Noroeste, em São Mateus. Na quarta-feira (27), quem recebe a oficina é a região do Rio Doce, em Aracruz.
"O plano é construir, de forma colaborativa com a sociedade civil e demais organizações, uma visão de futuro estratégica, desafiadora, consistente, sustentável e desejável para o Estado com o horizonte em 2035, ano em que serão celebrados os 500 anos da colonização do solo espírito-santense", diz comunicado divulgado pelo ES em Ação.
O secretário de Estado de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc, reforçou que o ES 500 Anos é um plano para o desenvolvimento do Estado e não um plano de governo. A ideia é traçar objetivos de longo prazo que possam guiar ações tanto para a criação de políticas públicas quanto para a orientação do setor produtivo, trazendo informações e um ambiente propício para investimentos.
Duboc lembra também de outros planos de desenvolvimento, como ES20 e ES30. "E esses planos podem se materializar. O ES20 e ES30 foram base do planejamento estratégico do governo do Espírito Santo em 2019. Quanto nós olhamos, várias metas ali já foram alcançadas", cita.
Na lista de temas propostos para discussão no site do ES 500 Anos estão: mudanças climáticas; transformação digital; petróleo, gás e energias renováveis; competitividade, inovação e ambiente de negócios; economia do mar; saúde e bem-estar; segurança pública; gestão fiscal e reforma tributária; agropecuária sustentável, entre outros.
Além do governo do Estado e da ONG Espírito Santo em Ação, as oficinas também recebem a presença de representantes das prefeituras, da Assembleia Legislativa, do Judiciário e demais poderes constituídos, de sindicatos, federações e outras instituições do setor produtivo, da academia, do terceiro setor, da sociedade civil organizada e demais organizações representativas.
O diretor-presidente do ES em Ação, Nailson Dalla Bernadina, explica que nas oficinas é possível capturar dos participantes informações sobre os desafios atuais para o desenvolvimento de cada uma das microrregiões. "No Espírito Santo em Ação, nosso grande objetivo é a melhoria do ambiente de negócios. Mas também há o interesse da iniciativa privada em colaborar com o desenvolvimento de diversas áreas", disse.
Para participar das reuniões, basta fazer a inscrição no site do ES 500 Anos, clicando aqui. "Eu gostaria de reforçar o convite para a sociedade acompanhar as oficinas regionais para conhecer o que está sendo feito. Através do empoderamento e do controle social, o Estado pode desenvolver projetos tanto para o setor público quanto para o setor privado, para que a gente possa avançar e ser cada vez mais competitivo no cenário nacional e internacional", reforça Nailson.
Abaixo, o calendário com as oficinas que ainda acontecerão. As reuniões começam sempre a partir das 13h30.
Região Rio Doce
Região Noroeste
Região Centro-Oeste
Região Sudoeste Serrana
Região Central Serrana
Região Litoral Sul
Região Metropolitana
Anunciado em dezembro, o Plano de Desenvolvimento ES 500 Anos será uma construção fruto da inteligência coletiva capixaba. Dessa forma, as atividades de elaboração do plano contarão com a participação dos governos estadual e municipais, dos demais Poderes Públicos, federações, setor produtivo, academia, terceiro setor, sociedade civil organizada e demais organizações representativas, em oficinas regionais e seminários temáticos e com atenção às particularidades de cada uma das dez microrregiões capixabas.
O documento também vai agregar diagnósticos produzidos por diferentes instituições e pelo poder público, além de revisitar metas e indicadores estabelecidos pelo plano de desenvolvimento de longo prazo atualmente existente, o ES 2030. Para isso, o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) realizou uma análise situacional do ES 2030. O estudo apontou o cenário encontrado na ocasião de elaboração do plano, os fatores limitadores ou impulsionadores, além dos avanços, desafios superados e novos desafios mapeados.
"A ideia é ser um planejamento bem abrangente e que a sociedade capixaba se sinta parte desse planejamento. Que a gente possa construir, juntando o setor público e setor privado em um plano de trabalho, uma agenda de navegação, para continuar e avançar com bons projetos no Espírito Santo", explica Nailson.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta