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Em meio à crise, 93 mil famílias buscam empréstimo no ES

Em meio à crise, 93 mil famílias buscam empréstimo no ES

Em outubro, 78 mil famílias tiveram crédito aprovado no Estado. Procura segue uma tendência de alta desde julho (54 mil), entretanto, mercado de trabalho dá sinais de retomada

Publicado em 1 de dezembro de 2020 às 13:18

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Aplicativo Caixa Tem por ele é possível receber crédito do auxílio emergencial, BEm e FGTS
Número de beneficiários do auxílio emergencial está caindo. (Siumara Gonçalves)

Em meio à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, 93 mil famílias buscaram empréstimos no Espírito Santo em outubro. Destas, 78 mil famílias tiveram crédito aprovado. No mês anterior, 69 mil domicílios tiveram acesso a algum recurso, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Covid (Pnad Covid), divulgada nesta terça-feira (1), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já o número de domicílios em que alguém solicitou empréstimo, mas teve o crédito negado passou de 14 mil a 15 mil entre um mês e outro, seguindo uma tendência de estabilidade desde julho (14 mil). O número de lares que ninguém solicitou empréstimo reduziu de 1,3 milhão para 1,289 milhão.

Apesar de muitas famílias ainda precisarem recorrer às instituições financeiras para fechar as contas, o mercado de trabalho continua a dar sinais de avanço em meio à pandemia.

O número de pessoas inseridas na força de trabalho no Estado passou de 1,968 milhão, em setembro, para 1,986 milhão, em outubro. Já o número de pessoas fora da força de trabalho reduziu de 1,302 milhão para 1,282 milhão.

Neste cenário, o número de trabalhadores afastados de suas atividades também apresentou retração, caindo de 105 mil para 92 mil em outubro. Destes, 14 mil deixaram de receber remuneração durante o afastamento também reduziu. Em setembro, eram 17 mil. Já o número de pessoas ocupadas e afastadas do trabalho que tinham devido ao distanciamento social caiu de 57 mil para 46 mil.

O número de pessoas ocupadas avançou para 1,728 milhão, ante 1,715 milhão. O número  vem em uma trajetória de crescimento desde junho, quando chegou a despencar para 1,704 milhão.

Já o número de desocupados, isto é, de pessoas sem emprego, mas que estão em busca de uma oportunidade, passou a 258 mil. Em setembro, eram 253 mil. Este número também segue uma tendência de crescimento, tendo avançado cerca de 26% desde o início da pandemia. Diante dos dados, a taxa de desocupação passou de 12,9% para 13%.

O número de pessoas em trabalho remoto também segue a tendência de redução. Em outubro, 107 mil trabalhadores do Estado estavam em home office – 12 mil a menos que em setembro (119 mil).

Independente do regime de trabalho, o tempo médio normalmente trabalhado permaneceu em 41 horas por semana, enquanto o tempo médio efetivamente trabalhado estagnou em 36 horas.

Também houve uma movimentação em relação à busca por emprego. O número de pessoas não ocupadas, que gostariam de trabalhar mas não procuraram trabalho por conta da pandemia ou porque não havia emprego na localidade em que vivem, caiu de 241 mil para 223 mil no período.

Outra mudança observada foi em relação ao auxílio emergencial, pago pelo governo federal a desempregados e trabalhadores informais durante a pandemia. No mês de outubro, alguém recebeu a ajuda em 605 mil dos 1,382 milhão de domicílios registrados. No mês anterior, o número chegava a 624 mil.

Houve ainda uma queda na média do rendimento proveniente do auxílio emergencial nos lares em que alguém recebe a ajuda, que passou de R$ 847 a R$ 723.

Vale destacar que, além da redução do número de pessoas elegíveis ao benefício, o governo também reduziu o valor das parcelas pela metade. Assim, a ajuda passou a ser de R$ 300, mantendo a cota dupla para mães chefe de família, que passaram a receber R$ 600. Antes, os valores eram R$ 600 e R$ 1.200, respectivamente.

Cabe observar também que houve uma sutil redução no número de trabalhadores recebendo o seguro-desemprego. Em outubro, eram 28 mil, ante 30 mil em setembro. Já o número de lares em que alguém recebe o Bolsa Família saltou de 32 mil para 39 mil.

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