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Com retomada de campos em terra e mar, produção de petróleo cresce 23% no ES

Com retomada de campos em terra e mar, produção de petróleo cresce 23% no ES

O Espírito Santo produziu, no ano passado, uma média de 169,7 mil barris por dia e se manteve como o terceiro maior produtor do país

Publicado em 22 de fevereiro de 2024 às 17:40

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Plataforma no campo de Peroá, na Bacia do Espírito Santo
Plataforma no campo de Peroá, na Bacia do Espírito Santo. (Divulgação/ES Gás)

Depois de alguns anos de queda, o ano de 2023 se firmou como o da retomada do crescimento na produção de petróleo e gás no Espírito Santo. No acumulado do ano passado, a produção capixaba de petróleo aumentou 23% em relação a 2022, atingindo uma média de 169,7 mil barris por dia.

Levantamento feito pelo Observatório da Indústria da Findes, com base nos dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), apontou que o Estado se manteve na terceira posição com a maior produção de petróleo entre todas as unidades federativas, ficando atrás de Rio de Janeiro (2,9 milhões de bbl/d) e São Paulo (248,1 mil bbl/d). Entre 2011 e 2018, o Estado ocupou o lugar de segundo maior produtor do insumo, perdendo em 2019 para São Paulo.

 "Desde 2016 vínhamos registrando queda e, com a produção apresentada no ano passado, marca o ano de 2023 como retorno do crescimento da produção de petróleo no Espírito Santo. Alguns pontos explicam essa alta, como revitalização e instalação de novos empregos na produção em terra na região de Linhares, maior produção nos campos de Jubarte e Golfinho e ainda a retomada da produção no Parque das Conchas", detalha Nathan Diirr, gerente de Ambiente de Negócios do Observatório da Indústria da Findes.

Já com relação ao gás natural, em 2023 a produção média brasileira foi de 150 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), 8,7% superior ao registrado em 2022.

 No Espírito Santo, foram produzidos 4,2 milhões de m³ por dia, 22,5% superior ao registrado no ano anterior. O Estado situa-se na quinta posição no país, ficando atrás do Rio de Janeiro (108,4 milhões de m³/d), Amazonas (14,3 milhões de m³/d), São Paulo (14,1 milhões de m³/d), e Bahia (4,3 milhões de m³/d).

Entre os fatores responsáveis pelo aumento estão:

  • Maior produção nos campos Jubarte e Golfinho.  No primeiro, justifica-se o aumento pela retomada das operações do FPSO Cidade de Anchieta (após período de paralisação em 2022) e, no segundo, após a BW Offshore assumir as operações dos ativos vendidos pela Petrobras. Ambos são offshore;
  • Recuperação da produção em ambiente onshore na região Norte do Estado, ocasionado pelo programa de desinvestimentos da Petrobras na região e os estímulos regulatórios promovidos pela ANP;
  • Em janeiro de 2023, a Shell Brasil Petróleo retornou à produção no Campo Abalone, integrante do Parque das Conchas. A produção na área havia sido paralisada para manutenção nas válvulas de segurança, cujo último registro expressivo de produção ocorreu em dezembro de 2020. O desenvolvimento desse campo faz parte do projeto de exploração de águas profundas da companhia, operacionalizado pela FPSO Espírito Santo.

Para 2024, segundo Diir, a expectativa é que a produção continue aumentando. "Com o câmbio se mantendo estável e com previsão de estímulo maior na cotação do barril de petróleo, a perspectiva é que tenha um impacto positivo para o Espírito Santo", afirma.

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