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Capixaba que mora na Tailândia sobre tragédia: 'Estamos orando'

Capixaba que mora na Tailândia sobre tragédia: "Estamos orando"

"Acreditamos que quanto mais pessoas se juntarem a nós, mais rápido será o resgate", diz Elisa, que mora em Chiang Rai, província da Tailândia

Publicado em 7 de julho de 2018 às 18:35

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Meninos e treinador presos em caverna na Tailândia. (Reprodução)

Há duas semanas, 12 meninos entre 11 e 16 anos e um técnico de futebol de 26 anos estão presos na caverna Tham Luang, em Mae Sai, província da Tailândia. A capixaba Elisa Dell'Antonio, de 22 anos, e seu marido, Jonathas Correia, de 25 anos, moram em Chiang Rai, uma outra província que fica a 40 minutos do local onde aconteceu o acidente no dia 23 de junho. Por lá, a designer relata que o clima é de desespero entre os tailandeses, que só piorou com a morte de um mergulhador que tentou resgatar e levar suprimentos para as crianças na última semana. 

Elisa DellAntonio (de blusa preta) mora há seis meses na Tailândia, onde é voluntária de uma fundação cristã da província de Chiang Rai. (Reprodução/Instagram @elisadellantonio)

"Sentimos que todos (os tailandeses) estão chocados com a tragédia e de luto pelo mergulhador que morreu ao tentar levar os suprimentos e oxigênio para as vítimas. O país está de luto", relata ela, que explica que o turismo em cavernas desse tipo é comum. "O Norte da Tailândia é uma região montanhosa, com muitas cachoeiras, cavernas... O que atrai muitos turistas. Mas nunca ficamos sabendo de algo parecido antes", lembra. 

A chuva, de acordo com a capixaba, inclusive, é o fator que mais está atrapalhando o resgate. Elisa conta que essa época do ano é, naturalmente, um período em que chove muito na Tailândia, o que torna a visita a esses lugares perigosa. "Os meninos, entraram, acabaram se deparando com uma área alagada, não conseguiram sair e só foram entrando cada vez mais na caverna a ponto de não conseguirem nem sequer ver mais a luz do dia. Agora está 'mais tranquilo' porque já estão recebendo suprimentos", aponta. 

RESGATE PODE DURAR ATÉ OUTUBRO

As chuvas na região não pararam e, se continuarem como estão previstas, os resgates podem se arrastar até outubro, quando acaba a temporada de chuvas na Tailândia. "Sabemos que estão trabalhando para drenar a água para retirarem as vítimas o mais rápido possível. Os meninos também estão sendo treinados para mergulhar, caso seja essa a opção mais viável, o que já seria muito arriscado e perigoso", revela. Elisa destaca que os noticiários locais também apontam que profissionais da Inglaterra, Estados Unidos, China e Austrália estão no país trabalhando no caso. 

Elisa não chegou a visitar a província depois do acidente e conta que no local onde mora quase não choveu nesse período, comparado a outras localidades. "Mas tenho acompanhado como está a previsão em Mae Sai e vi que choveu um pouco. Mas apesar disso as informações dão conta de que essa última precipitação não afetou o nível dentro da caverna", conclui. 

CAPIXABAS NA TAILÂNDIA 

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Elisa e o marido nasceram em Vitória, no Espírito Santo, e se mudaram para a Tailândia há seis meses, quando decidiram se tornar voluntários em uma fundação cristã em Chiang Rai, chamada Asian Mission Outreach Foundation (AMO Foundation).

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