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Publicado em 5 de novembro de 2025 às 14:05
Áreas internas do lote onde ficam os antigos galpões do Instituto Brasileiro do Café (IBC), em Jardim da Penha, foram cedidas pela Prefeitura de Vitória (PMV) ao Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) para mais uma etapa de ampliação da Cidade da Inovação, na Capital. >
As áreas abrangem ruas projetadas no Loteamento Sítio Queiroz, que fica na Rua Comissário Octávio Queiroz, e têm mais de 4,4 mil metros quadrados (m²) e, em breve, vão compor o parque tecnológico do Ifes. Segundo a Prefeitura de Vitória, a cessão ao instituto federal é de forma gratuita, com vigência de 10 anos. A ação, firmada na segunda-feira (3), era fundamental para que o projeto arquitetônico de reformulação dos galpões pudesse avançar.>
A Cidade da Inovação funciona desde 2021 nos galpões doados pelo IBC ao instituto federal. Atualmente, o espaço de 15 mil m² recebe atividades de empreendedorismo e inovação, como eventos e feiras ligadas à indústria, cultura e tecnologia.>
Com a posse das áreas cedidas pela PMV, o projeto deve ser expandido para a execução de iniciativas de inovação, programas e ações ligadas ao desenvolvimento socioeconômico do Espírito Santo. >
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Para isso, o Ifes tem propostas em fase de regularização para a reforma dos antigos galpões. As mudanças, segundo o instituto, serão executadas quando os projetos arquitetônicos e de engenharia forem finalizados e aprovados por órgãos competentes.>
“Atualmente o espaço está em fase de captação de recursos para viabilizar a reforma para implementação do Parque Tecnológico Cidade da Inovação. O espaço também é aberto para a comunidade, portanto terá atividades relacionadas à inovação, ao empreendedorismo e a startups”, informa o Ifes.>
A ideia é que os galpões sejam totalmente reformulados por dentro, com obras estimadas em R$ 120 milhões. Sem mudança na fachada ou aumento da altura do teto, os espaços devem passar a ter dois andares, salas para empreendedores, startups e ambientes para pesquisas sobre descarbonização e inteligência artificial, além de auditório para 450 pessoas. Veja como vai ficar:>
Como galpões do IBC em Jardim da Penha devem ficar por dentro após reforma do Ifes
Entre as intervenções, também está prevista a reformulação do telhado, que, atualmente, é de zinco e torna o ambiente interno dos galpões muito quente. As telhas devem ser substituídas por outras que diminuirão em até 15 °C a temperatura média atual do espaço.>
Depois, devem ser instaladas as estruturas internas, em sua maioria compostas por vidro, aço e paredes drywall (sistema de construção a seco que usa placas de gesso e perfis de aço galvanizado).>
A expectativa é que a Cidade da Inovação atue em duas frentes principais: a economia verde, voltada à redução de riscos e escassez ambiental; e a economia azul, com foco no ecossistema marinho. O local poderá receber estudantes do ensino fundamental até pesquisadores já graduados.>
“Queremos criar um centro de inteligência artificial aplicada à agricultura, à indústria, à saúde, ao comércio, à educação, enfim, a todas as possibilidades. Outro tema é a descarbonização. Criar um centro para tratar desse tema que interessa ao Ifes e a todas as empresas do mundo. A economia circular, as grandes empresas não sabem o que fazer com seus resíduos. Economia do mar, navegação, um centro que olhe para o mar. Os pesquisadores serão nossos, de onde estiver, de qualquer lugar, especialmente, estudantes. Queremos colocar estudantes do ensino fundamental, do oitavo e nono anos, para ter robótica, saber programação. Esses meninos serão nossos craques lá na frente”, destacou Jadir José Pela, reitor do Ifes, em conversa com A Gazeta em junho deste ano.>
Ainda segundo o reitor, o projeto conta com diversas entidades, entre elas, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), a Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI), a Associação Capixaba de Tecnologia (Action) e as empreas ArcelorMittal e Vale.>
Os galpões foram construídos no final da década de 1960, muito antes de Jardim da Penha ser tão populosa como é hoje, e eram utilizado para armazenar café, na época em que o Estado estava no auge da produção do grão. Mas, anos depois, o IBC acabou sendo extinto pelo governo federal e o local foi desativado. A área, então, passou a ser ocupada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Com a demanda menor, ficou subutilizada.>
Após décadas praticamente sem uso, uma parte menor, de 6,6 mil m², foi vendida. Já a outra, com 15 mil m², foi cedida ao Ifes, que nomeou o espaço de Cidade da Inovação, prevendo transformar o local em um polo de desenvolvimento educacional e econômico. >
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