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Venezuelanos trazidos da Bahia são vistos pedindo dinheiro em feira de Vitória

Venezuelanos trazidos da Bahia são vistos pedindo dinheiro em feira de Vitória

Família de venezuelanos da etnia indígena Warao estava na Praça Ubaldo Ramalhete, no Centro de Vitória; Prefeitura diz que eles têm recebido atendimento social em abrigo

Publicado em 22 de outubro de 2022 às 17:42

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Venezuelano em feira no Centro de Vitória
Venezuelano pede ajuda em feira no Centro de Vitória. (Geraldo Nascimento)

"Estou com fome". É o relato em um cartaz ao lado de uma família de venezuelanos — com um idoso e três crianças, incluindo um bebê —, que pedia por ajuda em uma feira do Centro de Vitória, na manhã deste sábado (22). Sentados no chão,  solicitavam dinheiro para a compra de comida.

Eles fazem parte da etnia indígena Warao e foram trazidos para Vitória no último mês de agosto, em dois grupos, vindos em ônibus da Bahia e abandonados na rodoviária da Capital. Posteriormente foram levados para um abrigo provisório em São Pedro, onde permanecem recebendo atendimento social, de acordo com a Prefeitura de Vitória.

Sem falar o idioma local, eles utilizavam cartazes para se comunicar com quem passava pela feira da Praça Ubaldo Ramalhete, no Centro. O senhor idoso informa que é um “vovô” e que precisava de ajuda. As crianças, ao lado da mãe, estavam com copos em mãos pedindo doações. Em seu cartaz informavam que estavam com fome.

Venezuelano em feira no Centro de Vitória
Venezuelano pede ajuda em feira no Centro de Vitória. (Geraldo Nascimento)

Os cinco fazem parte do primeiro grupo a chegar ao Espírito Santo, na madrugada do dia 16 de agosto. Foram enviados pela Prefeitura de Teixeira de Freitas, cidade ao Sul da Bahia.

Eram 25 pessoas que relataram a entrada no Brasil há cerca de um ano e meio em busca de melhores condições de vida e, desde então, vêm rodando por várias cidades procurando trabalho e oportunidades.

O segundo grupo, da mesma etnia, composto por sete adultos e 14 crianças — incluindo um bebê — chegaram no dia 30 de agosto, em um ônibus comum, de viação, com outros passageiros.

As passagens teriam sido compradas pela Prefeitura de Itabuna, cidade que fica no Sul da Bahia. Antes disso, eles estavam no município de Jequié, também em solo baiano.

O QUE DIZ A PREFEITURA DE VITÓRIA

A secretária de Assistência Social de Vitória, Cintya Schulz, informou que o município disponibilizou um abrigo provisório para as famílias — quase 50 pessoas vindas em dois grupo. Assinala que no local eles têm recebido atendimento social. Veja o que diz a secretária no vídeo abaixo:

“Desde que chegaram estão em um abrigo provisório da prefeitura. Lá recebem atendimento social e quatro refeições diárias. O município já investiu mais de R$ 400 mil”, explica a secretária.

Acrescenta que o município tem trabalhado para que as famílias possam ter autonomia. “Por terem uma cultura muito diferente da nossa, entendem que a coleta, o pedir o dinheiro na rua, é um tipo de trabalho. Pedimos à população que, assim que verificarem estas pessoas pedindo, acionem as nossas equipes de abordagem pelo 156”, disse a secretária.

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