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Vacina da Janssen será usada como 'segunda dose' em quem tomou dose única no ES

Vacina da Janssen será usada como 'segunda dose' em quem tomou dose única no ES

Ministério da Saúde divulgou nota técnica orientando os Estados como proceder: intervalo recomendado é de 2 a 6 meses da primeira dose

Publicado em 29 de novembro de 2021 às 10:58

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Vacina contra covid-19 da Janssen, empresa farmacêutica da Johnson & Johnson
Novas doses da Janssen, da farmacêutica da Johnson & Johnson, devem chegar ao Espírito Santo no final da próxima semana. (Divulgação/Sesa)

Após a mudança na análise do perfil da vacina da Janssen, que deixou de ser dose única contra a Covid-19, o público que foi vacinado com esse imunizante deverá receber uma 'segunda dose' de reforço com o produto do mesmo fabricante, a farmacêutica Johnson & Johnson. A exceção é para grávidas e puérperas (mulheres que tiveram filho recentemente), cuja dose adicional recomendada é  Comirnaty, da Pfizer.  No Espírito Santo, a estratégia será adotada assim que chegarem novos lotes da Janssen - a previsão é no início de dezembro.  

As informações foram divulgadas, em nota, pela assessoria da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), acrescentando que as pessoas que receberam a dose única da Janssen, e já tenham sido vacinados com o reforço de outro imunizante, como, por exemplo, da Pfizer — caso das grávidas e puérperas — o esquema vacinal será considerado encerrado.

No Espírito Santo, 104.932 pessoas foram imunizadas com a Janssen. Agora, caso ainda não tenham recebido o reforço de outra farmacêutica, devem aguardar o intervalo de 2 a 6 meses, definido pelo Ministério da Saúde, para aplicação da dose adicional (segunda dose) da mesma vacina Janssen. O período que será adotado no Estado vai ser definido nesta semana, segundo a Sesa. 

MINISTÉRIO DA SAÚDE RECOMENDA 'SEGUNDA DOSE' EM ATÉ 6 MESES

A nota técnica do Ministério da Saúde, com orientação para os Estados sobre o reforço com a Janssen, destaca que a recomendação foi baseada em estudos científicos que mostram aumento significativo na imunidade após a aplicação de mais uma dose da vacina, principalmente com intervalo mais longo, de seis meses.

Se a dose de reforço, segundo estudos, for aplicada com um intervalo de seis meses, os níveis de anticorpos aumentam nove vezes após uma semana com a imunização da Janssen. Esse índice segue aumentando em até 12 vezes quatro semanas após a aplicação do reforço.

A nota técnica citou uma pesquisa norte-americana que demonstrou que a dose de reforço, quando aplicada com um intervalo mínimo de dois meses, fornece até 94% de proteção contra a Covid-19. Com dose única do imunizante, o índice é de 75%. O estudo também demonstrou que os níveis de anticorpos aumentaram de quatro a seis vezes com a dose de reforço.

Os resultados embasaram o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, em inglês) a também recomendar a dose de reforço da Janssen.

EXPECTATIVA DE MAIS VACINAS 

O Brasil recebeu, até agora, 6,6 milhões de doses de vacinas da Janssen. No momento, cerca de 2 milhões de doses estão em análise do INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde).

Segundo o Ministério da Saúde, a previsão do laboratório é que mais 2,8 milhões de doses sejam entregues no começo de dezembro e o restante até o fim do mês. "Esses quantitativos são suficientes para a aplicação do reforço de quem se vacinou com a Janssen dentro do intervalo recomendado de até seis meses", informou o ministério em nota.

ENTENDA O QUE MUDOU

As orientações agora divulgadas confirmam mudanças em relação ao que a pasta inicialmente informou sobre as doses de reforço. Em 16 de novembro, o ministro Marcelo Queiroga anunciou que os vacinados com Janssen tomariam uma "segunda dose" e ainda receberiam uma dose de reforço, o que totalizaria três aplicações de imunizante para o grupo.

No evento, Queiroga afirmou sobre a Janssen: "A sequência é: completou cinco meses da segunda dose, receberá uma dose de reforço, preferencialmente com uma vacina diferente".

Agora, o documento técnico da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 busca eliminar a confusão com os termos e números, colocando a referência à segunda dose entre parênteses. Além disso muda o prazo para até seis meses e não cita a adoção da chamada "vacinação heteróloga", quando é usado produto de outra farmacêutica.

"O Ministério da Saúde recomenda a dose de reforço (segunda dose) às pessoas que tomaram o imunizante Janssen a ser feito de forma homóloga, ou seja, uma segunda aplicação com o mesmo imunizante Janssen no intervalo mínimo de 2 meses, podendo este intervalo ser de até seis meses, cuja estratégia pontual dependerá do cenário epidemiológico local e adjacências e condições específicas da população que recebera o imunizante da Janssen previamente", aponta a nota da secretaria.

Com informações da Agência Folhapress e do G1

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