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Uma noite em uma blitz da Lei Seca: o que é e como funciona

Uma noite em uma blitz da Lei Seca: o que é e como funciona

Com três fiscalizações por dia na Região Metropolitana, a blitz é uma forma também de conscientizar a população dos perigos de associar álcool e direção

Publicado em 22 de junho de 2023 às 14:35

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura
Mikaella Mozer
Repórter / [email protected]

Há 15 anos, a Lei Seca entrou em vigor no país com o objetivo de salvar vidas, ao tornar mais rígida a punição para os motoristas que insistem em beber e dirigir. Além da legislação mais firme, era preciso também mais fiscalização e conscientização. É aí que entra em cena a blitz em pontos estratégicos das cidades, para tirar de circulação os infratores. 

As operações da Lei Seca estão bastante associadas ao bafômetro, aparelho usado para medir o nível de álcool  ingerido pelo motorista, mas essas ações envolvem bem mais do que isso. Para mostrar como funciona uma blitz, A Gazeta acompanhou um grupo de agentes durante uma inspeção no município de Viana, na Grande Vitória. 

Durante a operação, a reportagem flagrou de tudo: recusas a realizar o teste de alcoolemia e pessoas dirigindo sem habilitação, por exemplo, mas também muitos condutores que faziam questão de colaborar com a inspeção. 

Mesmo com a fiscalização, os números de infrações ainda são altos. Em 15 anos de Lei Seca, completados na segunda-feira (19),  mais de 50 mil pessoas foram autuadas no Estado por embriaguez ao volante — uma média de 10 por dia, sem contar os infratores que escaparam da fiscalização.

Faixa Lei Seca 15 anos
Faixa Lei Seca 15 anos. (A Gazeta)

O capitão do Batalhão de Trânsito (BPTran), Anthony Costa, afirma que é preciso civilidade maior no trânsito. “Há campanhas de prevenção, mas também é necessária uma conscientização nas famílias, nas escolas, nos círculos sociais. Há pessoas que são pegas em blitz mais de uma vez”, conta. 

Em 2018, a punição para quem pegar no volante alcoolizado passou de 6 meses a 3 anos de prisão para 5 anos, se não houver morte, e 8 anos, em caso de morte envolvida. Apesar da rigidez maior, isso não se refletiu na decisão dos motoristas de beber e dirigir. 

Em cada blitze realizada na Grande Vitória, uma média de 150 pessoas se nega o teste de etilômetro, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) do Espírito Santo. As pessoas acham que beber um copo não afeta em nada, mas cada pessoa tem um limite pessoal para a bebida alcoólica. Não dá para afirmar isso de forma geral. E, mesmo com um copo, os reflexos comprometidos. Isso é grave”, explica Anthony .

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