Publicado em 14 de dezembro de 2024 às 13:42
Diante das denúncias de acompanhantes de pacientes em relação às instalações e más condições de higiene do Hospital Estadual Silvio Ávidos, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, divulgadas em matéria veiculada por A Gazeta, o prefeito eleito do município, Renzo Vasconcelos (PSD), afirmou que vai pedir uma intervenção do governo do Estado na unidade na próxima segunda-feira (16). Na reportagem, foi relatado que na unidade hospitalar há mofo no teto e ao redor de aparelhos de ar-condicionado, cadeiras quebradas com ferragens expostas e marcas de sangue em chão de leito. Um dos denunciantes, que preferiu não se identificar, contou que teve até que comprar materiais para o curativo de um familiar internado.>
A assessoria de comunicação de Renzo Vasconcelos informou que, ao lado do futuro secretário Municipal de Saúde, Raul Amicci, vai enviar ofício ao governador Renato Casagrande (PSB) pedindo atenção especial à conservação e manutenção da unidade hospitalar, referência em atendimento de saúde na região. O governo do Estado é responsável pela gestão do hospital.>
A assessoria de imprensa do governador Renato Casagrande, e a Secretaria de Estado da Saúde foram demandadas por A Gazeta para se pronunciarem sobre o pedido. Quando houver retorno, este texto será atualizado.>
Sobre os problemas relatados na matéria de A Gazeta veiculada na última sexta-feira (13), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e a direção do hospital foram procuradas. A Sesa informou que lamenta as condições fotografadas por usuários do sistema e destacou que vai checar junto à equipe técnica o cumprimento dos devidos protocolos de higienização. Reforçou ainda que a unidade em Colatina está em reforma e negou que faltem materiais e medicamentos necessários ao atendimento dos pacientes. "Todos são fornecidos pela unidade", enfatizou.>
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Em entrevista ao repórter Enzo Teixeira, da TV Gazeta Noroeste, a diretora técnica do hospital, Luíza Bernadina, também negou falta de insumos na unidade, e explicou que o caso narrado por um dos acompanhantes foi um mal-entendido. "Nós não temos falta de insumos para curativos, mas houve sim um equívoco de comunicação da nossa equipe, que já está sendo tratado. Uma funcionária informou erroneamente que faltava o material. O acompanhante do paciente, por ser profissional da saúde, comprou por conta própria, mas ele não foi utilizado, pois temos no hospital", garantiu.>
Quanto aos registros de sangue no chão de leito, Bernadina explicou que as fotos foram feitas no dia da admissão de um paciente, durante a troca de curativos, quando há risco de sangramento. "Tanto que a gente pode ver nas fotos que o sangue é fresco. Depois, assim como em todo hospital, nós temos nossa rotina de limpeza. O quarto foi limpo e o problema foi solucionado", afirmou.>
Questionado pela TV Gazeta sobre a existência de cadeiras em más condições e banheiros sem forro e com mofo, o diretor administrativo e financeiro do hospital, Roberto Rochas, confirmou a situação, mas ressaltou que a unidade está passando por reformas.>
“O hospital tem 75 anos. Nossa principal porta de entrada é o Pronto Atendimento, onde já foram realizadas reformas na sala de medicação e nas cadeiras de conforto. Agora, estamos avançando para a segunda etapa do plano de contingência e reforma do hospital, que inclui a parte do telhado. Será aplicada uma manta e feita toda a impermeabilização para evitar infiltrações. Com isso, o forro fica exposto porque precisamos realizar o cabeamento e a drenagem dos banheiros”, explicou.>
O diretor detalhou ainda que todos os banheiros serão reformados dentro de um prazo de 80 dias. “Já existe orçamento designado para essa função, que inclui a troca de vasos sanitários, pias e, principalmente, a parte do teto. A ideia é que em 80 dias a gente consiga reestruturar todos os banheiros da enfermaria e a parte do teto”, finalizou.>
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