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Número de óbitos por Covid no interior do ES foi recorde em dezembro

Número de óbitos por Covid no interior do ES foi recorde em dezembro

Total de 465 mortes superou a marca anterior, registrada no pico da primeira onda da doença, em julho de 2020, quando 448 doentes não resistiram

Publicado em 8 de janeiro de 2021 às 13:01- Atualizado há 3 anos

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Coronavírus
Coronavírus: registro de mortes decorrentes da doença cresceu no interior do Espírito Santo. (Pixabay)
Número de óbitos por Covid no interior do ES foi recorde em dezembro

Dezembro foi um mês crítico no interior do Espírito Santo no enfrentamento à pandemia de coronavírus. A constatação foi feita pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (08). De acordo com ele, o número de óbitos por Covid-19 na região bateu recorde em dezembro, ultrapassando a marca anterior registrada em julho de 2020, durante a primeira onda da doença. 

Já a Grande Vitória ainda não observou esse crescimento mais acentuado na segunda onda. "Observamos em dezembro que o pico de óbitos no interior do Espírito Santo foi superior ao pico de óbitos na primeira onda na mesma região. Tivemos, em dezembro, 465 óbitos no interior, contra 448 óbitos em julho. Na Grande Vitória, temos um comportamento de 50% em dezembro dos óbitos observados no mês de junho. Ou seja, a Grande Vitória ainda não viveu um comportamento que pudesse se aproximar do pico da primeira onda", explicou o secretário.

O Estado contabiliza o total de 5.265 mortes provocadas pela doença e 258.941 pessoas infectadas. Nesta sexta-feira (08), o Brasil alcançou a triste marca de mais de 200 mil mortes por Covid-19.

Embora dezembro tenha sido um mês crítico, o número de internações atual não tem pressionado a rede hospitalar do Espírito Santo, explicou Nésio. Ele exemplifica que, na manhã desta sexta-feira (8), o Estado contabilizava 150 leitos de UTIs desocupados enquanto que a demanda para internação em unidades de terapia intensiva era de 15 pacientes.   

Segundo informações do Painel Covid, o Espírito Santo conta atualmente com 662 camas de UTI exclusivas para Covid-19, além de 644 vagas em enfermaria, totalizando 1.306 leitos para tratamento da doença.

Nésio detalhou ainda que, até o momento, neste início do mês de janeiro, a média móvel de mortes por Covid-19 está em 27 e que o número de pacientes internados por dia é de, aproximadamente, 500. Segundo o secretário, o quadro atual não caracteriza pressão da rede hospitalar.

"Amanhecemos no dia de hoje (8) com mais de 150 leitos de UTI Covid disponíveis, considerando que somente existiam aproximadamente 15 solicitações de internações de pacientes extra-hospitalares. Ainda não observamos aumento da pressão hospitalar", disse.

O secretário de Saúde ressaltou, porém, que, por conta das aglomerações ocorridas nas festas de final de ano, a segunda metade de janeiro pode apresentar aumento na necessidade de leitos de UTI para Covid-19 e, consequentemente, em pressão assistencial da rede de Saúde.

VACINA CONTRA A COVID

Na coletiva, Nésio ainda afirmou que, segundo o calendário do Ministério da Saúde, a vacinação contra o coronavírus vai começar em janeiro no Espírito Santo, em dia ainda a ser definido.

"Fomos informados de que na próxima segunda-feira será confirmada a data exata de quando serão disponibilizadas 2 milhões de doses da vacina para todo o país. O objetivo da vacinação, dessas 2 milhões de doses, é de aplicação em 15% do total de trabalhadores de Saúde, da população idosa com mais de 60 anos residentes em asilos e população indígena. Esse quantitativo somaria de 30 mil a 35 mil capixabas que poderiam receber a vacina ainda em janeiro", disse Nésio.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira (7) que a pasta assinou um contrato para a compra de 100 milhões de doses da Coronavac - imunizante desenvolvido pelo instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac. De acordo com o ministro, o contrato prevê que as primeiras 46 milhões de doses serão entregues até abril, e o restante (54 milhões) será repassado pelo instituto paulista ao governo federal no decorrer do ano. Pazuello afirmou ainda que toda a produção do Butantan será incorporada ao Plano Nacional de Imunização (PNI).

"Toda a produção do Butantan, todas as vacinas serão a partir desse momento incorporadas ao Plano Nacional de Imunização, distribuídas de forma equitativa e proporcional a todos os estados, da mesmo forma que a (vacina) da AstraZeneca". O ministro argumentou que a celebração do contrato com o Butantan, que vinha em negociação, foi possível após a publicação, na quarta-feira (6), de uma MP (Medida Provisória) que permite a aquisição de imunizantes sem licitação e mesmo antes do registro do produto na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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