Repórter / [email protected]
Publicado em 3 de novembro de 2021 às 11:04
- Atualizado há 4 anos
O estudante Raphael Rodrigues Alves, de apenas 13 anos, morreu após se afogar em uma lagoa formada pelas chuvas no bairro Taquara II, na Serra. A morte por afogamento ocorreu na tarde desta terça-feira (2), e, de acordo com o pai do garoto, Renner Eduardo Alves Pereira Rodrigues, o menino nadava com outras crianças quando se afogou. Ele contou que a lagoa estava em uma área privada, e não havia sinalização ou cerca que indicasse ser proibido entrar.>
À reportagem da TV Gazeta, Renner disse que estava no terraço da casa onde mora quando ouviu um grupo de crianças falar o nome de Raphael. Ele olhou para baixo e viu as crianças chorando. Na sequência, o pai perguntou aos meninos o que havia acontecido e depois descobriu que o filho havia se afogado.>
"Eu perguntei o que aconteceu e eles disseram que estavam em uma lagoa no bairro Taquara II, só que eu não conheço nenhuma lagoa ali. Eu perguntei o que aconteceu, se ele tinha morrido. Eles balançaram a cabeça dizendo que sim e entraram em desespero. Na hora, o que eu fiz foi descer correndo, peguei o carro e fui até o local, mas quando cheguei realmente não tinha nada o que fazer", contou.>
Renner detalhou que ao chegar na lagoa viu o filho deitado próximo à margem. Ele foi orientado por policiais que estavam no local para não retirar o corpo do menino do lugar, pois a perícia da Polícia Civil havia sido acionada. Renner explicou que a área era privada, mas que não estava sinalizada ou cercada, o que permitiu a entrada das crianças. Ele ainda fez um apelo, para que tragédias como essas não se repitam.>
>
"Era uma área privada, não tinha placa informando do perigo, não tinha placa dizendo que não poderia entrar, não tinha nada que impedisse as crianças de entrar. E fiquei sabendo que não era a primeira vez que eles entravam ali, que há alguns dias eles já estavam tomando banho naquele local. Aí fica a indignação. Uma área privada, que deveria ser murada, ter uma cerca ou alguém tomando conta, não tinha ninguém, deixando um monte de criança entrar ali", afirmou.>
Renner Rodrigues
Pai do RaphaelRenner também completou dizendo que a lagoa formada pelas chuvas ficou muito funda, por conta da quantidade de terra que foi retirada. Ele disse que, no início da lagoa, não é possível perceber a profundidade, mas, ao entrar, vai ficando mais fundo, o que pode ter feito com que Raphael se afogasse.>
"No local onde ele se afogou foi formada uma grande cratera. Com a chuva intensa, alagou muito, ficou como uma lagoa, estava muito fundo. No início, quando você entra, não percebe, mas depois vê que é muito fundo", finalizou.>
Acionada pela reportagem de A Gazeta, a Polícia Civil informou na noite desta quarta-feira (3) que o fato seguirá sob investigação no 12º Distrito Policial, e que os laudos periciais serão encaminhados à delegacia quando concluídos.>
Em nota, a Prefeitura da Serra afirmou que lamenta a morte de Raphael e que o dono da propriedade será notificado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano para que a área seja cercada ou murada, conforme o Código de Posturas Municipal.>
Com informações de Kaique Dias, da TV Gazeta>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta