> >
Manifestação interdita ferrovia e suspende viagem de trem no ES

Manifestação interdita ferrovia e suspende viagem de trem no ES

Estrada de Ferro Vitória a Minas foi fechada na altura do distrito de Timbuí, em Fundão. Protesto começou por volta das 7h e prossegue nesta quarta (13)

Publicado em 13 de abril de 2022 às 12:33

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Manifestação ocupa Estrada de Ferro em Fundão
Os manifestantes ocuparam os trilhos da EFVM, e, por segurança, a Vale suspendeu as operações na linha férrea. (Divulgação/PM)

Uma manifestação de pescadores interditou a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) na manhã desta quarta-feira (13). Um grupo se concentra na região de Timbuí, em Fundão. Por isso, a circulação do trem de passageiros que sai de Cariacica (Estação Pedro Nolasco) com destino a Barão de Cocais, em Minas Gerais, foi suspensa.

De acordo com a Vale, operadora da viagem, os passageiros que não conseguirem embarcar podem remarcar o bilhete ou pedir o reembolso do valor investido na compra da passagem no prazo de até 30 dias. Mais informações podem ser solicitadas por meio do Alô Ferrovias 0800 285 7000 ou WhatsApp (27) 995035918.

Por nota, a empresa lamentou o transtorno e diz ter compromisso com a segurança dos passageiros.

PEDIDOS POR INDENIZAÇÃO

O protesto é organizado por filiados do Sindicato das Indústrias da Pesca (Sindipesca-ES) e teve início por volta das 7h. Os manifestantes alegam que estão sem receber a indenização pelo impacto do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). A Polícia Militar acompanha o movimento. Segundo os manifestantes, eles só vão sair do local quando conversarem com algum representante da Fundação Renova.

Bandeira utilizada no protesto
Os manifestantes levaram cartazes com a cobrança por indenizações . (Divulgação/Sindipesca)

De ônibus, pescadores que atuam na Grande Vitória e também em Anchieta e Piúma, no Sul do Estado também foram à manifestação em Timbuí. A Renova afirmou, por nota, que não é possível haver qualquer tipo de negociação diante de ações que violem o direito de ir e vir.

De acordo com a instituição, em maio do ano passado, a 12ª Vara Federal Cível e Agrária de Belo Horizonte proferiu uma sentença indeferindo a pretensão do Sindipesca de reconhecê-lo como representante legítimo dos pescadores do Espírito Santo e implementar uma matriz de danos específica para os pescadores. O sindicato apresentou recurso de apelação contra a sentença, que aguarda julgamento.

A fundação ressalta que até fevereiro de 2022 desembolsou cerca de R$ 8,74 bilhões em indenizações e Auxílios Financeiros Emergenciais (AFEs) para mais de 368,4 mil pessoas pelos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão (MG). Desse montante, R$ 4,72 bilhões foram pagos a atingidos do Espírito Santo, a maioria pescadores.

O QUE DIZ A RENOVA:

“A Fundação Renova esclarece que considera legítima qualquer manifestação popular, coletiva ou individual e reafirma que estabelece o diálogo como prática norteadora de suas ações. Contudo, a instituição considera que não é possível haver qualquer tipo de negociação mediante ações que violem o direito de ir e vir de terceiros, trazendo riscos para as pessoas.

Em maio do ano passado, a 12ª Vara Federal Cível e Agrária de Belo Horizonte proferiu sentença indeferindo a pretensão do Sindipesca, de reconhecê-lo como representante legítimo dos pescadores do Espírito Santo e implementar uma matriz de danos específica para os pescadores. O Sindipesca apresentou recurso de apelação contra a sentença, que aguarda julgamento. A Fundação Renova considera que é necessário aguardar a decisão da Justiça.

O QUE DIZ A VALE:

A Estrada de Ferro Vitória a Minas foi interditada por manifestantes na manhã desta quarta-feira (13/04), em Fundão (ES). As reivindicações não têm relação com a operação ferroviária e o diálogo está sendo conduzido pela Fundação Renova.

Por este motivo, a circulação do Trem de Passageiros no sentido Cariacica (ES) a Barão de Cocais (MG) foi suspensa. A Vale lamenta o transtorno e reitera seu compromisso com a segurança das pessoas e com as operações.

Os passageiros que não conseguirem embarcar podem remarcar o bilhete ou pedir o reembolso do valor investido na compra da passagem no prazo de até 30 dias. Mais informações podem ser solicitadas por meio do Alô Ferrovias 0800 285 7000 ou Whatsapp (27) 995035918.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais