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Publicado em 24 de outubro de 2025 às 10:47
O Espírito Santo já contabiliza mais de 100 acidentes envolvendo bicicletas elétricas neste ano, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Foram 114 ocorrências atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até agosto, a maioria na Grande Vitória: Vila Velha (54 ), Vitória (22), Serra (12), Guarapari (5) e Cariacica (4).
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O aumento do uso de bicicletas elétricas nas ruas tem resultado em mais atendimentos hospitalares a vítimas de traumas. Em entrevista ao Bom Dia ES, da TV Gazeta, o ortopedista Jansen Cuzuol, coordenador do centro cirúrgico e do serviço de ortopedia do Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória, alerta que a falta de equipamentos de segurança está diretamente relacionada à gravidade das lesões.>
Jansen Cuzuol
Coordenador do centro cirúrgico e do serviço de ortopedia do HEUEO médico destaca que a maioria das vítimas são adolescentes entre 15 e 16 anos. “Temos recebido, na internação, adolescentes usando bicicletas elétricas, muitas vezes em dupla e sem nenhum equipamento de segurança. Isso tem aumentado de maneira importante”, explica Jansen.>
As lesões registradas em acidentes com bicicletas elétricas variam de escoriações leves a traumas graves que exigem cirurgia e longos períodos de internação, segundo o ortopedista. Ele cita os principais ferimentos graves observados em pacientes internados no HEUE. Veja abaixo:>
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Jansen Cuzuol
Coordenador do centro cirúrgico e do serviço de ortopedia do HEUENo dia 5 de outubro, um acidente em Colatina, no Noroeste do Estado, o adolescente Bernard Costa, de 14 anos, ficou em coma após perder o controle da bicicleta elétrica que conduzia e colidir com o muro de uma casa. Segundo o pai, o garoto pegou o veículo emprestado de um amigo, que estava sem freios e sem capacete. O Samu 192 foi acionado e socorreu o jovem, que foi levado para um hospital particular da cidade.>
Duas semanas depois, em 20 de outubro, a mãe do adolescente relatou, emocionada, que o filho apresentou uma primeira reação, levantando a mão e fazendo um “joinha” para os médicos – um sinal de melhora após dias internado em coma na UTI.>
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