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Publicado em 29 de setembro de 2025 às 09:49
Mesmo com as mudanças implementadas há mais de três meses no acesso à Terceira Ponte, moradores da Enseada do Suá, na Capital, ainda tentam reverter as alterações no trânsito da região. Em uma nova fase da disputa com a Prefeitura de Vitória, um estudo foi apresentado ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) na expectativa de o órgão intermediar uma solução para a comunidade. Uma das propostas é retomar a "linha verde", que já constou no projeto da administração municipal.>
No ofício enviado pela Associação de Moradores, Empresários e Investidores da Enseada do Suá (Amei-ES), consta um projeto geométrico de sinalização, realizado pela Nós Arquitetura e Engenharia que, segundo a entidade, é um escritório especialista em projetos viários desenvolvidos para a própria prefeitura, governo do Estado e grandes empresas. >
"O objetivo foi elaborar um estudo técnico independente, capaz de apresentar soluções viárias mais adequadas e seguras para a Rua Clóvis Machado e região, em consonância com o projeto contido no edital licitatório e com os interesses da comunidade local", pontua a Ameis, no ofício. >
Entre as sugestões apresentadas, estão retomada da proposta de apenas ônibus e veículos de serviço serem autorizados a fazer conversão à direita na Clóvis Machado, para quem trafega no sentido Praia do Canto-Terceira Ponte — a chamada linha verde, que já esteve em projeto da prefeitura — e supressão de uma faixa sentido ponte para usar como estacionamento em alguns pontos e, em outro, para aumentar calçada. >
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O vice-presidente da entidade, Leandro Moulin, explica que, neste primeiro momento, o que a empresa contratada pela associação desenvolveu é apenas uma etapa, porque a prefeitura não passou os dados técnicos de contagem de tráfego no prazo de 48 horas, como havia sido combinado em reunião com a intermediação do MPES, realizada em 18 de julho. >
Os dados são necessários, segundo a Ameis, para elaboração de estudo de simulação de tráfego, caso a prefeitura mantenha seu posicionamento de não atender às solicitações da associação e de adequação ao projeto originalmente aprovado pela comunidade. Moradores reclamam que obras na Enseada não seguiram projeto licitado. Pelo menos três pontos estão diferentes do apresentado à comunidade e têm sido motivo de queixas desde o início das intervenções, já concluídas pela Prefeitura de Vitória.>
A Promotoria de Justiça Cível de Vitória, segundo informações da assessoria do Ministério Público, afirma que a documentação será analisada para adoção das providências cabíveis, se necessárias. "O MPES reforça que segue acompanhando o caso, como mediador, conduzindo diálogo permanente, com a participação da comunidade local e do município de Vitória, reiterando seu compromisso de zelar pela defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis da sociedade.">
A Prefeitura de Vitória, por sua vez, ressalta que está em diálogo com o Ministério Público para tratar de solicitações feitas pelos moradores da região sobre as intervenções do Plano Mobilidade Leste.>
"As alterações viárias realizadas foram fruto de solicitações dos próprios moradores, que não apenas apresentaram as demandas, como também votaram e aprovaram as mudanças. O município reafirma seu compromisso com o diálogo e realiza reuniões constantes entre técnicos das secretarias municipais envolvidas nesse processo, sempre prezando pela mobilidade urbana e pelo bem-estar dos moradores, construindo, de forma conjunta, caminhos que beneficiem a coletividade", conclui a administração municipal, em nota. >
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