Publicado em 18 de abril de 2023 às 06:43
- Atualizado há 3 anos
A Justiça do Espírito Santo determinou a desocupação das áreas da Suzano, localizadas no distrito de Jacupemba e em Vila do Riacho, em Aracruz, no Norte do Espírito Santo. Desde a madrugada desta segunda-feira (17), cerca de 200 famílias do Movimento Sem Terra (MST) invadiram os dois locais. A Polícia Militar disse, na manhã desta terça-feira (18), que vai planejar como executar a ordem judicial.>
A liminar de reintegração de posse foi concedida em regime de urgência, com a determinação de multa de R$ 5 mil por pessoa por cada hora que os manifestantes permanecerem no local, segundo informações do Jornal Nacional. >
De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, "o MST alega que a fazenda faz parte do patrimônio do governo do estado, mas teria sido grilada pela Aracruz Celulose, empresa adquirida pela Suzano em 2018".>
Até o momento, segundo a PM, não houve registro de ocorrências policiais nas ocupações. Segundo o diretor estadual do MST, Rodrigo Gonçalves, o grupo pretende permanecer nas áreas. >
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A secretaria de Estado de Direitos Humanos informou, por nota, que nenhum representante do movimento fez contato com o governo e disse ainda que coordena uma mesa de solução de conflitos fundiários e que está à disposição para dialogar com as partes envolvidas. >
A reportagem de A Gazeta também procurou o governo estadual para obter informações sobre a origem dos territórios, mas não obteve retorno quanto a esse questionamento.>
A Suzano foi procurada pela reportagem. Em nota, a empresa informou que aguarda o cumprimento da decisão judicial.>
Nota da Suzano na íntegra:
Em decorrência da invasão ilegal promovida ontem (17) pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em duas áreas produtivas localizadas no município de Aracruz, no Espírito Santo, a companhia ingressou na mesma data com ação judicial buscando a reintegração de sua posse.
A Justiça já concedeu decisão favorável à empresa, o que reforça a ilegalidade das invasões, e agora a empresa aguarda o cumprimento da decisão judicial.
A empresa sempre esteve aberta ao diálogo com o MST, enquanto ele esteve pautado no cumprimento das leis e no respeito à propriedade privada.
A companhia também reforça que cumpre integralmente as legislações ambientais e trabalhistas aplicáveis às áreas em que mantém atividades, tendo como premissas em suas operações o desenvolvimento sustentável e a geração de valor e renda, reforçando assim seu compromisso com as comunidades locais e com o meio ambiente
A força tarefa da Polícia Militar acompanhou, na tarde desta terça-feira (18), a Oficial de Justiça que entregou a ordem judicial aos manifestantes. >
A decisão determina que as áreas sejam desocupadas e, segundo apuração do repórter Cristian Miranda da TV Gazeta Norte, os integrantes do MST têm até 24 horas para saírem do local.>
Mesmo com a intimação entregue e a presença da PM no local, as famílias afirmaram que vão continuar com a ocupação.>
De acordo com a Polícia Militar, o procedimento adotado pela corporação é garantir a segurança do local e evitar possíveis confrontos. >
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