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Publicado em 17 de julho de 2025 às 17:05
Fardas, boinas e carrinhos da Polícia Militar. Os objetos são do acervo do jovem Davy Laia Themoteo, de 23 anos, de Colatina, na região Nororeste do Espírito Santo. Com paralisia cerebral desde o nascimento, o menino sempre mostrou um amor pela corporação. E o carinho dele pela PM ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (17). >
Internado no hospital Santa Casa de Vitória desde o dia 4 de julho devido a uma cirurgia de escoliose, três policiais foram visitá-lo. A presença foi não só uma surpresa positiva, mas também mudou o dia de Davy e da mãe dele, Fernanda Laia, de 44 anos. >
“No dia anterior ele estava para baixo devido às dores. Fizeram medicação, ele não jantou à noite também e hoje ele acordou bem. Aí depois que chegaram aqui, ficou mais feliz ainda. Quando ele viu os policiais chegarem, até bateu continência. Depois ele ficou tão animado, mudou o dia dele”, disse Fernanda.>
Por estarem há muitos dias no centro médico, sem visitas devido à distância de casa, para a mãe, a "surpresa" serviu como um respiro.>
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“Para mim foi maravilhoso. E foi muito bonita a homenagem, eles cantaram um louvor. Ele gosta de música, de louvor. Foi um dia assim que eu não vou esquecer mais”, contou Fernanda.>
Fernanda Laia
Mãe de DavyO encontro contou ainda com um presente, a flâmula da PM. Entregue nas mãos de Davy, o jovem não queria ficar longe do mimo. Fernanda conta que se fosse pelo filho, era o dia todo com vestimentas policiais. >
A admiração é tanto que ele já teve aniversários tendo a PM como tema e também contou com a presença de policiais. Na hora dos parabéns, parte da corporação estava presente. >
A participação dos militares no dia de Davy aconteceu por intermédio das enfermeiras do hospital. As funcionárias da área da saúde notaram a ligação do jovem com a corporação, pois ele não ficava longe da arma de brinquedo.>
“Eu falei, brincando com elas: 'ele é polícia, não é bandido, não'. Aí elas me perguntaram se aceitava receber eles aqui. Eu falei: 'Nossa senhora, ele vai ficar muito feliz'. E ele ficou mesmo.”, contou Fernanda. >
O simulacro não é o único objeto que Davy não vive sem. A mãe contou que se deixar, ele fica o dia de farda e fica triste se ficar longe das peças de temas policiais. E foi essa a situação vivida na Santa Casa. Com a vinda às pressas de Colatina para a Capital, alguns apetrechos, como a boina, foram esquecidos. A ausência deixou o jovem triste, mas a chegada da PM mudou o astral.>
“Ele não larga a flâmula. Quando ele veste (a farda) ele não quer nem tirar. Por vezes tenho até que esconder porque está calor, pois Colatina é muito quente. Aí eu coloco quando tem algo especial e ele é convidado, ou para algum lugar que eu levo ele arrumadinho", explicou a mãe.>
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