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Governo estadual vai mapear variantes do coronavírus no ES até o fim do ano

Governo estadual vai mapear variantes do coronavírus no ES até o fim do ano

Atualmente, os resultados de análise para identificar variantes demoram de 30 a 60 dias para saírem. Com o sequenciador adquirido pelo ES, as amostras poderão ser analisadas em até quatro dias

Publicado em 26 de julho de 2021 às 19:50

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Segundo a prefeitura, o objetivo é ajudar no mapeamento da doença e possibilitar a interrupção da cadeia de transmissão do vírus, a partir do isolamento domiciliar de quem testa positivo
Cachoeiro começa a testar 3 mil trabalhadores do comércio nesta segunda. (Diego Gomes/TV Gazeta Sul)

Até o final do ano, o Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES) estará realizando o mapeamento de variantes do novo coronavírus e também de outros vírus. Essa análise vai ficar a cargo do sequenciador genômico, um equipamento comprado este mês pelo governo estadual, no valor de R$ 460 mil. O aparelho deve chegar em 60 dias.

Atualmente, essa identificação de vírus e suas variantes que circulam no Espírito Santo é realizada por meio do sequenciamento genômico na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

A Fiocruz atende a todo o Brasil, assim, apresenta um grande número de demandas de análises de amostras, um dos motivos para o Espírito Santo ainda não ter a confirmação por exame se a variante Delta circula ou não entre a população.  Porém, muitas amostras já foram encaminhadas para essa análise. 

"Encaminhamos amostras que possuem requisitos para o sequenciamento, como carga viral desproporcional à encontrada rotineiramente, amostras de casos diagnosticados da cidade de Viana - onde ocorre um estudo internacional -, amostras das coletadas das unidades Sentinelas e também de óbitos. São amostras de todo o Estado", explicou Nésio Fernandes, secretário de Saúde. 

Atualmente, os resultados de análise de sequenciamento genômico demoram de 30 a 60 dias para saírem, mas já houve casos de um ano para se ter um resultado. Com o sequenciador, as amostras poderão ser analisadas em até quatro dias. Os colaboradores também passarão por treinamento para o uso do equipamento.  

Apesar de não ter ainda uma confirmação por exame, o secretário acredita que a Delta já esteja entre os moradores do território capixaba. "Nós entendemos que, dadas as dinâmicas de transmissão comunitária da doença no Brasil, das diversas cepas identificadas e também da circulação da variante Delta em estados vizinhos, é questão de tempo a confirmação. Nenhum resultado de amostra do Espírito Santo testou positivo para a variante Delta até o momento. Apenas das variantes P1, P2 e da inglesa, que são as principais circulando", explicou Fernandes. 

SEQUENCIADOR

O equipamento permitirá conhecer toda a sequência genética de um agente patógeno: vírus, bactérias, protozoários ou fungos. Para esse cenário, com a pandemia do novo coronavírus, o equipamento permitirá a identificação e mapeamento de possíveis novos genomas do SARS-CoV-2 (Covid-19) que possam estar em circulação no Estado. 

Uma situação de urgência em que o sequenciador também teria sido útil ocorreu na interdição do hotel com hóspedes indianos. Na época, as amostras  tiveram que ser levadas para a Fiocruz, mantendo por quatro dias o hotel fechado, com hóspedes e funcionários isolados nele. O resultado saiu rápido devido à urgência da circunstância. 

O sequenciador também vai colaborar com pesquisas do Lacen/ES e identificação de outros agentes de doenças.

Conhecer a presença de variantes do novo coronavírus colabora com as políticas públicas acerca da pandemia. "Há uma circulação plena e livre entre os Estados e, sem uma estratégia nacional de testagem em massa, é factível a circulação de variantes", observou Nésio Fernandes. 

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