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Galpão das Paneleiras ganha projeto para ser revitalizado em 2026

Galpão das Paneleiras ganha projeto para ser revitalizado em 2026

O detalhamento da proposta, que será apresentado no primeiro trimestre do próximo ano, prevê a potencialização de aspectos turísticos e econômicos do espaço

Gabriela Maia

Estagiária / [email protected]

Publicado em 21 de outubro de 2025 às 15:34

A panela de barro é um símbolo de Vitória

O Galpão das Paneleiras, na região de Goiabeiras, em Vitória, vai ganhar cara nova, com foco em turismo, cultura e sustentabilidade. É o que prevê o projeto  “Raízes do Galpão: História, Cultura e a Reabilitação Urbana”, cuja estrutura vai ser detalhada no primeiro trimestre de 2026, com ações integradas e realização de estudos técnicos, oficinas participativas, revitalização urbanística e uso de novas tecnologias para potencializar aspectos turísticos e econômicos do espaço. 

As paneleiras de Goiabeiras carregam uma tradição secular passada de geração em geração, além de compor a identidade capixaba. O galpão onde as artesãs confeccionam a panela de barro é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desde 2002.

O projeto vai ser conduzido pela Companhia de Desenvolvimento, Turismo e Inovação de Vitória (CDTIV) em parceria com o Centro Universitário Faesa, que assinaram um termo de cooperação na última semana. 

Em entrevista à CBN Vitória, na segunda-feira (20), a vice-prefeita da Capital, Cris Samorini (PP), afirmou que a iniciativa é uma colaboração das secretarias municipais, de professores e estudantes do Centro Universitário Faesa ao lado das próprias paneleiras.

“O projeto 'Raízes do Galpão' vai muito além de uma intervenção física futura. É uma construção coletiva que está neste momento unindo os professores da Faesa com os estudantes, os técnicos, diversas secretarias nossas da prefeitura e, claro, as protagonistas, que são as paneleiras, para repensar o espaço de forma sustentável e humana”, explica a vice.

Turismo e sustentabilidade

Para o turismo local, a expectativa é que a revitalização torne o Galpão das Paneleiras ainda mais atrativo, trazendo mais turistas para a Capital, além de criar novas oportunidades de geração de renda para os moradores do bairro, integrando políticas públicas de turismo, sustentabilidade e cultura do poder executivo municipal.

“A proposta inclui o estudo arquitetônico, urbanístico, mas também temos ali as oficinas participativas, o levantamento histórico, a criação de novas rotas de acesso, com o objetivo de garantir um ambiente mais acolhedor e que tenha condições de ser mais atrativo e acessível, mas também, conectar com esse turismo que tem se desenvolvido na cidade de Vitória”, ressaltou Cris Samorini.

A vice-prefeita também destacou a importância de conhecer o contexto histórico e da valorização das mulheres artesãs que se dedicam ao ofício há anos.“Quando você resgata a história, você se aproxima e vê a garra de muitas mulheres ali que, por muito tempo, persistiram e persistem em um esforço contínuo, e que nesse momento, a gente precisa dar a valorização adequada a elas. Então, essa participação ativa, da academia dentro dessa integração, sem dúvida nenhuma vai nos proporcionar um resultado muito mais amplo."

Cris Samorini acrescenta que o projeto inclui maior atenção à origem da matéria-prima, extraída da região do Parque Municipal Vale do Mulembá, em Vitória. “São poucas pessoas que têm essa vivência e que sabem dessa origem, é uma questão de preservação que a gente precisa cuidar e isso faz parte. A equipe também vai integrar essa avaliação, esse acompanhamento como sendo parte do projeto", observou a vice, pontuando ainda que as pessoas impactadas serão ouvidas para que o projeto dialogue de forma adequada com a acidade.

Andamento do projeto de revitalização

A proposta da revitalização do Galpão das Paneleiras está em fase inicial, mas a expectativa é que o projeto estrutural seja entregue no primeiro trimestre de 2026, segundo Cris Samorini. 

Ela conta que as obras serão realizadas em horários estratégicos para não afetar a rotina de trabalho das paneleiras nem os horários de visitação. 

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