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Farmácia Cidadã volta a registrar fila e aglomeração em Vitória

Farmácia Cidadã volta a registrar fila e aglomeração em Vitória

Pessoas enfrentaram problemas para serem atendidas nesta segunda-feira (4); demora no atendimento já foi registrada há cerca de um mês

Publicado em 4 de maio de 2020 às 18:17

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Pessoas esperam em pé ou sentadas em muretas, do lado de fora da Farmácia Cidadã de Vitória, para serem atendidas. (Graciana)

Ficar em casa e manter as medidas de isolamento social são as maneiras mais eficazes de combater a propagação do novo coronavírus, mas nem todos podem seguir essas recomendações – e quem precisou buscar um remédio na Farmácia Cidadã de Vitória, nesta segunda-feira (4), acabou ficando mais exposto do que deveria, em uma fila que se formou do lado de fora do local.

A reclamação é de que os horários agendados para a retirada dos medicamentos, justamente para evitar aglomerações, não foram respeitados. “Cheguei por volta das 12h30 para ser atendida entre as 13h e 14h. Mas, pelo o que me falaram, as pessoas que estavam agendadas para as 10h é que estão sendo atendidas agora. Ou seja, vai demorar”, contou Graciana, que preferiu ser identificada apenas pelo primeiro nome.

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A fila está dando volta, com vários idosos e aglomerações. Essa foto mostra só as pessoas que estão do meu lado, aqui na frente, mas tem gente que já está lá dentro, esperando para ser atendida

Graciana
Estava na fila para buscar remédio para a mãe
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Seguindo uma das recomendações passadas pela própria Gerência Estadual de Assistência Farmacêutica (Geaf) aos usuários do serviço, ela foi retirar o medicamento para a mãe, que já é idosa e integra o chamado "grupo de risco" da Covid-19. No entanto, por volta das 16h, Graciana ainda aguardava para ser atendida, com cerca de dez pessoas à frente.

Situação parecida também foi enfrentada e relatada pela produtora de eventos Lúcia Marins. “Cheguei no horário que havia agendado (13h), mas os atendimentos estavam com três horas de atraso. Fiquei na fila. Eu entrei na Farmácia Cidadã às 15h45 e só às 16h30 é que fui, de fato, atendida”, contou.

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Eles falam para chegar no horário, que não precisa ir mais cedo, para não formar fila, mas são eles que não atendem no horário. Não sei nem para que serve o agendamento. Se é pra ser assim, podia ser por ordem de chegada

Lúcia Marins
Produtora de eventos
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Depois de horas aguardando o atendimento e de conseguir buscar o anticonvulsivante, Lúcia fez um desabafo. “Agora, eu estou correndo risco ao esperar naquela fila e meu filho não pode ficar sem o remédio. Ou seja, estamos expostos a algum problema de saúde de qualquer jeito. É complicado”, afirmou.

Há dez anos ela retira, todo mês, a medicação junto ao governo e garante que os problemas são antigos. “No mês passado, por exemplo, foi a mesma coisa; e o pior é que quando fui atendida não tinha a medicação”, reclamou. “E hoje, sobre a demora, de novo, não deram satisfação”, completou.

O QUE DIZ A SESA

Por meio de nota, a Gerência Estadual de Assistência Farmacêutica (Geaf) informou que “o tempo de espera se estendeu nesta segunda-feira (4) devido à equipe da unidade ter ficado desfalcada por conta da falta de servidores, que estão afastados por atestados médicos” e garantiu que “profissionais estão sendo treinados para cobrir essas ausências”.

Questionada sobre o que tem feito para garantir a segurança de quem precisa dos medicamentos, a Geaf informou que instituiu a marcação de horário e o afastamento entre os usuários, que “só é possível ser realizado limitando a entrada a 25 pessoas por vez” e revelou que, em média, a espera no local costuma ser de 45 minutos.

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