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Escolas de Vitória ganham botão do pânico contra ataques

Escolas de Vitória ganham botão do pânico contra ataques

As 103 unidades de creches e escolas primárias do município já estão recebendo o equipamento que envia sinal de alerta para a Guarda Municipal

Publicado em 6 de dezembro de 2022 às 13:59

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Botão do pânico estará em todas as escolas municipais de Vitória
Botão do pânico estará em todas as escolas municipais de Vitória. (Natalia Bourguignon)

As escolas da rede municipal de ensino de Vitória passam a contar a partir desta terça-feira (6) com um botão do pânico. O aparelho deverá ser acionado sempre que a unidade passar por alguma urgência ou situação emergencial. O objetivo, segundo a prefeitura, é dar mais segurança aos alunos, familiares e professores.

Em 19 de agosto, um jovem de 18 anos, ex-aluno da escola Éber Louzada Zippinotti, em Jardim da Penha, invadiu a unidade de ensino com armas brancas, ameaçando matar estudantes e funcionários da instituição. Ele foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil, com impossibilidade de defesa da vítima e contra menor de 14 anos.

O mecanismo do botão do pânico é o mesmo usado para mulheres vítimas de violência doméstica. Quando o botão é acionado por três segundos, o aparelho começa a gravar o áudio ambiente. Paralelamente, é emitido um alerta visual e sonoro na central de monitoramento da Guarda Municipal e nos aparelhos celulares dos agentes da Guarda que estiverem mais próximos do local.

"Não há necessidade de qualquer ligação, de falar com call center. Isso vai fazer com  que o tempo de resposta à essa ocorrência seja extremamente curto e isso é fundamental. Porque nós sabemos que, nesses episódios, para que não tenhamos a perda de vidas, é fundamental que as forças de segurança cheguem rápido", afirma o prefeito Lorenzo Pazolini.

Em Aracruz, há duas semanas, duas escolas, uma estadual e outra particular, foram alvos de ataque a tiros, deixando quatro mortos e 12 feridos. O rapaz, ex-aluno de uma das unidades de ensino, teve tempo de se deslocar entre um colégio e outro para cometer o crime, foi para casa e almoçou com a família antes de ser identificado e preso pela polícia.

Diante disso, cada um os 46 Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e das 54 Escolas de Ensino Fundamental (Emefs) terá um aparelho e deve definir o funcionário que será designado para operá-lo em caso de emergência. Os aparelhos custaram R$ 378 mil ao município.

Prefeito de Vitória Lorenzo Pazolini entregou o botão do pânico para representantes dos diretores das escolas
Prefeito de Vitória Lorenzo Pazolini entregou o botão do pânico para representantes dos diretores das escolas. (Natalia Bourguignon)

Treinamento contra ataques armados

O prefeito também informou que, a partir do ano que vem, vai fornecer treinamentos para alunos, professores e outros trabalhadores da educação de como agir em situações de emergência como a invasão de um atirador.

"Estamos retomando convênios e vamos entrar ano que vem fazendo toda a preparação dos alunos com técnicas de evacuação e proteção. Nós temos ações simples que no momento de desespero não são executadas, que é a colocação das carteiras na frente da porta da sala de aula para evitar a entrada desse criminoso. Tudo isso vai ser revisto, treinamento salva vidas", afirmou. 

Outra ação que a prefeitura está colocando em teste é um totem de segurança. Trata-se de um equipamento blindado que fica na frente da escola.

Ele é equipado com câmeras de grande resolução e com inteligência artificial capazes de fazer reconhecimento facial e identificação de placas de trânsito, por exemplo.

Atualmente o equipamento está em duas escolas: a Éber Louzada, em Jardim da Penha, onde ocorreu o ataque em agosto deste ano, e na Neusa Nunes, em Nova Palestina, que costuma sofrer coma violência do tráfico de drogas.

O totem também permite ligação direta com a Guarda Municipal e gravação de mensagens automáticas. Se aprovada, a tecnologia pode ser expandida para até dez escolas.

Escolas de Vitória ganham botão do pânico contra ataques

Nota da Redação

A Gazeta não vai publicar detalhes sobre o ataque e sobre o autor seguindo recomendações de especialistas, em atenção ao chamado “efeito contágio”.
 Para os estudiosos, quando a mídia publica esse tipo de informação, aumenta a possibilidade de imitadores do ato, em busca de visibilidade e notoriedade. Este é geralmente um dos objetivos dos agressores, que passam a ser idolatrados por outros indivíduos propensos à promoção de novos massacres.

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