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ES chega a 12 mil mortos por Covid-19; ritmo de óbitos diários cai

ES chega a 12 mil mortos por Covid-19; ritmo de óbitos diários cai

Na contagem de cada mil mortes, intervalo entre 11 mil e 12 mil óbitos provocados pelo coronavírus foi de 64 dias, segundo maior prazo desde o início da pandemia

Publicado em 10 de agosto de 2021 às 18:22

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12 mil vidas perdidas no ES - Covid-19
Covid-19: mais de 12 mil vidas perdidas no ES. (Alex Green/Pexels - Arte A Gazeta)

Com 13 vidas interrompidas nas últimas 24 horas, o Espírito Santo ultrapassou, nesta terça-feira (10), a marca de 12 mil mortos pelo novo coronavírus, desde o início da pandemia. No total, já são 12.006. Além da triste marca, as estatísticas apontam, por outro lado, para uma redução no ritmo de óbitos diários.

Em 11 de maio, o Estado superou a barreira de 10 mil mortes provocadas pela Covid-19. Não obstante, maio apresentou-se, desde o início da crise sanitária, como o segundo pior em quantidade de óbitos — atrás apenas de abril, o mais letal até o momento. Como consequência, em 7 de junho, menos de um mês depois, o número de óbitos chegou a 11 mil.

Contudo, foi preciso pouco mais que o dobro deste tempo, isto é, cerca de dois meses, para que a quantidade saltasse de 11 mil a 12 mil. Ainda é difícil prever quando as mortes causadas pela doença não serão recorrentes, entretanto, especialistas apontam que o cenário é de otimismo.

ES chega a 12 mil mortos por Covid-19 - ritmo de óbitos diários cai

Na contagem de cada mil mortes, todos os piores momentos foram registrados neste ano: de 7 mil para 8 mil, foram 16 dias; de 8 mil para 9 mil, foram 14 dias; de 9 mil para 10 mil, 19 dias; de 10 mil para 11 mil, 27 dias. Agora, o intervalo foi de 64 dias.

O número de casos diários ainda é variável, entretanto, em geral, segue uma tendência de queda desde a segunda semana de junho.

Conforme pontuou o membro do Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE) e professor do Departamento de Matemática da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Etereldes Gonçalves, este é o segundo maior intervalo observado desde o início da pandemia, perdendo apenas para o salto entre 3 mil e 4 mil mortes, que levou 86 dias, entre 21 de agosto e 15 de novembro de 2020.

“Já chegamos a ter uma distribuição de óbitos bem mais crítica, chegando a alcançar dois mil óbitos em um período de um mês. E agora, para alcançar mil óbitos, o intervalo foi bem maior, graças a uma série de fatores.’

Ele observa, por exemplo, que, a esta altura, mais pessoas já tiveram contato com o vírus, que infectou um total de 548.106 capixabas desde o início da pandemia.

Para o médico infectologista Lauro Ferreira Pinto, a marca demonstra uma sensação que já é observada entre os profissionais da saúde: a de que menos pessoas estão morrendo pela Covid-19. Ainda assim, ele alerta que, com novas variantes sendo descobertas, não é hora de abaixar a guarda.

"A gente nota que os hospitais estão mais vazios, que alguns centros de tratamento intensivos estão sendo fechados e fica nítido que a doença está matando menos. Isso é um resultado, principalmente, por conta da vacinação que está atingindo um número maior de pessoas, ainda mais aqueles que tem comorbidades e correm mais riscos. No entanto, a variante Delta está no Estado, é preciso ter muito cuidado, porque ela é mais transmissível que as outras e pode gerar novos aumentos de casos. Acho que ainda é hora de manter o distanciamento e as medidas restritivas, até vermos como essa variante vai se comportar", analisa o médico.

A vacinação contra a Covid-19 tem ganhado ritmo e, até o momento, pelo menos a primeira dose já foi aplicada em 2.072.619 pessoas no Estado. Outras 952.227 estão com a imunização completa, após receberem o reforço, ou porque receberam a vacina de dose única.

“Temos essas duas questões, pessoas que já se contaminaram e o avanço da vacinação, mas também não podemos desconsiderar as medidas de contenção adotadas naquele momento mais crítico da pandemia, como a quarentena. Todos esses fatores contribuíram para a desaceleração da curva de óbitos e contaminações”, pontuou Gonçalves.

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