Moradores de Vitória enfrentaram longas filas no PA da Praia do Suá, nesta segunda-feira (1). Há relatos de pessoas que chegaram ao local pela manhã e esperavam por atendimento ainda durante à tarde. A prefeitura da Capital diz as equipes de médicos estão completas, mas que a demanda de pacientes aumentou nos últimos meses devido à epidemia de dengue e novos casos de Covid-19.
O técnico em eletrônica Edimar Côrrea acompanhava a esposa e a neta, que precisava de atendimento. Ele chegou ao local com a família de manhã e ficou até a tarde sem que a menina fosse totalmente atendida.
"Cheguei às 9h, são 14h e minha neta e a minha esposa ainda estão aguardando atendimento. Ainda bem que almocei e trouxe almoço para elas, se não elas estariam com fome até agora. Não tenho previsão de sair daqui e estou aqui esperando, nem sei como está minha neta, porque não deixam entrar, só entrei para levar comida para ela", contou ao repórter Daniel Marçal, da TV Gazeta.
A servidora pública Sirlene Madeira passou por uma situação semelhante. Ela acompanhava uma amiga e relembrou que não é a primeira vez que demora para ser atendida. "Toda vez que venho aqui tenho que ficar fazendo vídeo para enviar para o prefeito. O certo é que qualquer pessoa que chegar aqui deve ser atendida. O prefeito deveria olhar o que está precisando fazer. Precisamos ampliar, levar ele (PA) para um local que possa ajudar a todos, porque está superlotado, está difícil, complicado. Toda vez que vem aqui está muito lotado", contou.
Ela chegou ao local por volta do meio-dia e encontrou pacientes que, assim como Edimar, estavam no local desde a manhã. "A saúde está ficando para trás. Como paciente eu já vim aqui, mas venho mais como acompanhante. Sei que sempre quando venho, tenho que fazer vídeo para cobrar", manifestou.
Em resposta às críticas dos moradores, o médico e coordenador de Urgência e Emergência de Vitória, Cleser Santos, afirmou para a TV Gazeta que a escala de médicos e pediatras está completa, e funciona plenamente todos os dias da semana. "Na segunda, a gente reforça a escala para ela dar vazão e nós temos também atendimentos estendidos em outras unidades de saúde para dar resposta ao público", contextualizou.
Ele disse que a superlotação ocorre por dois fatores: a quantidade de pacientes internados no PA esperando vagas em hospitais e a procura por novos atendimentos no local, que tem crescido devido à epidemia de dengue e casos de Covid-19.
"A gente tem uma dinâmica um pouco mais complicada na PA da Praia do Suá, porque é um prédio tombado, então precisa de aval mais minucioso para alterações físicas", declarou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta