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Publicado em 6 de abril de 2022 às 17:39
O governo do Espírito Santo anunciou nesta quarta-feira (6) que o uso de máscaras não será mais obrigatório. A medida passa a valer imediatamente, tanto para locais abertos como fechados. A máscara, no entanto, segue obrigatória para profissionais da área de Saúde. >
Também deixará de ser exigida apresentação de passaporte vacinal para acesso a estabelecimentos. O Mapa de Risco da Covid-19 e as medidas qualificadas do Estado na pandemia também foram extintas.>
Especialistas apontam que, do ponto de vista da proteção individual, a máscara ainda tem um papel importante em minimizar os riscos de contrair e disseminar a Covid-19, principalmente em locais pouco ventilados ou naqueles onde não é possível manter o distanciamento social.>
De acordo com o governador Renato Casagrande, no caso de pessoas que não se vacinaram, a proteção, apesar de não ser mais obrigatória, é recomendada. >
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Essa indicação também permanece para quem faz parte do grupo de risco para Covid-19, que são idosos, imunossuprimidos, gestantes.>
A professora doutora em epidemiologia Ethel Maciel aconselha que, dependendo da situação, as pessoas ainda devem considerar usar o equipamento de proteção. >
Ela destaca que, com essa decisão do governo, não há mais praticamente nenhuma medida restritiva coletiva para minimizar a exposição dos cidadãos à infecção. Então, ela recomenda que as pessoas avaliem o risco individual.>
Para reduzir as chances de se infectar, os especialistas recomendam que sejam considerados pelo menos três variáveis antes de abandonar a máscara. Veja detalhamento abaixo:
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Locais abertos apresentam menos risco que locais fechados. Caso o local seja fechado, é preciso observar se tem boa ventilação, se as janelas ficam abertas, por exemplo. O infectologista Crispim Cerutti explica que se, houver ar-condicionado, é recomendado manter sempre a proteção das vias aéreas.>
"No ar refrigerado, as gotículas com vírus são pulverizadas e ficam em suspensão no ar por um período prolongado. Mesmo com distanciamento, a pessoa não fica protegida. Se tiver que escolher o momento em que não devo abandonar a máscara, é no ambiente de ar refrigerado", ressalta. >
Mesmo em locais abertos, é importante que a pessoa use a máscara caso não seja possível manter o distanciamento social. Ir à praia com a família é diferente de ir a um bloco de carnaval na rua, por exemplo.>
"Se você está em um ambiente bastante amplo, ventilado, com pessoas que não se aglomeram, não tem problema ficar sem máscara, mas essa não é a realidade na maior parte dos locais. Até numa caminhada no calçadão tem muita gente. Você pode passar por uma pessoa que tosse em cima de você", alerta o médico. >
A pandemia, e principalmente a variante Ômicron, demonstrou que o tipo e o material das máscaras de proteção fazem diferença para impedir a transmissão do vírus. >
Por isso, Ethel Maciel orienta que sejam priorizados os tipos mais filtrantes, como as máscaras cirúrgicas e as PFF2. Ela recomenda que as pessoas que usam transporte coletivo e que trabalham em contato direto com o público devem ficar ainda mais atentas a essa questão. >
"Motoristas de ônibus e vans devem usar (a máscara) independentemente da flexibilização, assim como caixas de supermercado e demais pessoas que atendem o público, porque eles estão sob muito risco. É muito importante manter a máscara, e daquelas mais filtrantes", afirma. >
A mesma orientação vale para idosos, pessoas que fazem hemodiálise, que tomam corticoides em altas doses e que têm doenças imunossupressoras. >
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