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Enfermeira publica vídeos sem máscara no trabalho e debochando da Coronavac

Enfermeira publica vídeos sem máscara no trabalho e debochando da Coronavac

Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Vitória abriu uma investigação para apurar a conduta da funcionária, que em rede social afirmou que só tomou a vacina para poder viajar

Publicado em 23 de janeiro de 2021 às 11:17- Atualizado há 3 anos

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Enfermeira/Instagram
Enfermeira é alvo de investigação de hospital após publicar vídeo em que aparece sem máscara no trabalho . (Reprodução/Instagram)
Naiara Arpini
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Enfermeira publica vídeos sem máscara no trabalho e debochando da Coronavac

O Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Vitória abriu uma investigação para apurar a conduta de uma enfermeira que publicou nas redes sociais um vídeo em que aparece sem máscara no posto de trabalho, durante o expediente.

A publicação foi feita na noite desta sexta-feira (22) e mostra Nathana Ceschim de touca cirúrgica, em frente a um computador da unidade. O hospital não informou em que área a gravação foi feita. No vídeo, ela brinca com um colega, que aparece na porta da sala com touca, luvas e máscara.

Horas antes, a mesma enfermeira publicou um vídeo em que desdenhava da aplicação da vacina Coronavac. Um comprovante exibido na rede social mostra que a imunização dela contra a Covid-19 aconteceu na terça (19), em Vitória.

"Tomei por conta (sic) que eu quero viajar, não para me sentir mais segura. Porque uma vacina que dá 50% de segurança para mim não é uma vacina. Tomei foi água", disse no vídeo.

NOTA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA

Em nota, a Santa Casa informou que a falta da máscara no ambiente é uma prática proibida desde o início da pandemia e que todos os colaboradores têm conhecimento sobre essa regra.

O hospital ainda disse que “irá tomar as medidas necessárias para garantir a segurança de seus pacientes e a manutenção das normas e condutas fundamentais para o bom atendimento assistencial”.

Sobre a fala da enfermeira sobre a vacina, a Santa Casa esclareceu que, em hipótese alguma, compactua com este tipo de pensamento e que sempre defendeu a ciência.

“Não seria agora que mudaria sua postura, em um momento tão difícil que todos estamos enfrentando. Acreditamos sim na vacina e esperamos que, em breve, não só os funcionários, mas toda a sociedade possa ser imunizada”, diz a nota enviada pelo hospital.

NOTA DA SESA

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Espírito Santo informou que "lamenta o posicionamento de qualquer profissional da saúde que desacredite da ciência em prol da vida".

NOTA DO CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO ES (COREN-ES)

O Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES) divulgou nota na qual repudia a conduta da enfermeira e afirma que o caso será apurado pela entidade. Leia na íntegra:

"O Conselho Regional de Enfermagem repudia a conduta da enfermeira e informa que já determinou abertura de procedimento ético para apurar o caso. É inaceitável que, após onze meses de enfrentamento à pandemia e em defesa da vida, um profissional de Enfermagem se posicione nas redes sociais de forma irresponsável e inconsequente, comprometendo a ciência, a saúde e a vida das pessoas. A apuração, com amplo direito de defesa, será com base no Código de Ética da Enfermagem. As penalidades previstas vão de advertência à cassação do registro profissional."

REPORTAGEM PROCURA A ENFERMEIRA

Ambos os vídeos foram publicados no perfil da enfermeira, que era público até a manhã deste sábado (23), quando ela colocou o perfil como privado. A reportagem da Rede Gazeta tenta contato com ela desde a noite de sexta-feira (22), pelas redes sociais, e desde a manhã deste sábado (23) também pelo celular e pelo WhatsApp. Assim que obtiver resposta, esta publicação será atualizada.

A CORONAVAC

A vacina recebida pela enfermeira é a Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. A eficácia e a segurança da Coronavac foram comprovadas em ensaios clínicos conduzidos no Brasil.

A eficácia geral da vacina ficou em 50,38% – acima do mínimo de 50% recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O uso emergencial do imunizante no país foi aprovado pela Anvisa no dia 17.

Com informações do G1/ES

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