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Enem 2021: tema da prova de redação é invisibilidade e registro civil

Enem 2021: tema da prova de redação é invisibilidade e registro civil

O tema da redação foi divulgado pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, em sua conta no Twitter; prova começou às 13h30

Publicado em 21 de novembro de 2021 às 14:48

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Jovens correm para não perder a prova do Enem 2021 na Faesa
Jovens correm para não perder a prova do Enem 2021 na Faesa. (Ricardo Medeiros)

O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 é “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”. A informação foi divulgada pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, em sua conta no Twitter, no início da tarde deste domingo (21).

O tema da redação deste ano foi elogiado por educadores, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Para eles, é positivo que, mesmo com as denúncias de interferência, a prova mantenha o padrão de abordar questões sobre direitos humanos.

Thiago Braga, autor de Língua Portuguesa do Sistema de Ensino pH, diz ser satisfatório que a redação proponha esse tipo de discussão. "É um tema bastante pertinente já que muitas pessoas no país ainda não conseguem ter acesso a registro civil, um direito tão básico, mas que não é garantido a todos. É uma excelente discussão para ser proposta à juventude do Brasil."

Os candidatos devem elaborar um texto dissertativo e elaborar uma proposta de intervenção sobre o tema. No ano passado, o tema havia sido "o estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira". Além da redação, os participantes também fazem hoje as provas de ciências humanas e Linguagens.

CRISE NO INEP

A prova acontece em meio a uma crise histórica no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelo Enem, após denúncia de falhas e de interferências no conteúdo do exame. Nos últimos dias, o instituto sofreu uma debandada de servidores, com 37 pedidos de demissão de pessoas que ocupavam postos-chave.

Os servidores denunciam que teriam sofrido assédio moral para suprimir perguntas com temas considerados inadequados pela gestão do órgão.

Como o jornal Folha de S. Paulo mostrou, o próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, para que houvesse questões que tratassem o Golpe Militar de 1964 como uma revolução.

Além das denúncias de interferência ideológica, os documentos mostram uma série de falhas da gestão do órgão para garantir a segurança da prova.

Tribunal de Contas da União (TCU) abriu processo para investigar as supostas irregularidades na organização do Enem. A Defensoria Pública da União (DPU) também entrou com ação na Justiça Federal solicitando que o Inep comprove ter tomado todas as providências para que a prova ocorra sem vazamentos ou fraudes.

A crise deflagrada no Inep também levou entidades educacionais a entrarem com ação judicial pedindo o afastamento de Danilo Dupas da presidência do Inep.

SEM OCORRÊNCIAS GRAVES NO ES

Até o fechamento dos portões às 13h, não havia registros de ocorrências graves no Espírito Santo. No Estado, mais de 58 mil pessoas se inscreveram para participar do teste. O percentual de comparecimento de estudantes ainda não foi divulgado.

Os portões dos locais de prova foram abertos às 12h e fechado às 13h. A prova começou às 13h30. Os participantes só podem deixar a sala de provas, em definitivo, duas horas após o início da aplicação, às 15h30. Por causa da pandemia, os estudantes não podem tirar a máscara durante a aplicação.

Neste domingo (21), os estudantes têm cinco horas e meia para realizar 45 questões de Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias (língua portuguesa, literatura, língua estrangeira, artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação), 45 questões de Ciências Humanas e Suas Tecnologias (história, geografia, filosofia e sociologia), além da Redação.

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