> >
Em 24 anos, mais de 100 famílias tentaram identificar Clarinha no ES

Em 24 anos, mais de 100 famílias tentaram identificar Clarinha no ES

Paciente deu entrada no hospital em julho de 2000 após ser atropelada; ela viveu em estado vegetativo no Hospital da PM em Vitória até sua morte

Publicado em 17 de março de 2024 às 14:14

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Clarinha
Clarinha estava internada no HPM, em Vitória. (Fernando Madeira)

Mais de 100 famílias procuraram o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) tentando identificar Clarinha como uma possível parente desaparecida, segundo apuração do g1ES. Após a morte dela nesta quinta-feira (14), algumas pessoas procuraram órgãos oficiais para descobrir se tinham grau de parentesco com a mulher que ficou em coma por 24 anos no Hospital da Polícia Militar, em Vitória.

O caso da paciente "misteriosa" ganhou repercussão após a história dela ter sido contada em uma reportagem no Fantástico. Clarinha, como era chamada pela equipe médica, foi atropelada no Dia dos Namorados, em 12 de junho de 2000, no Centro de Vitória.

O local exato do atropelamento e o veículo que atingiu a mulher nunca foram identificados, segundo a polícia. Ela foi socorrida por uma ambulância, mas não portava documentos. Clarinha chegou ao hospital já desacordada e sem qualquer identificação.

A mulher estava internada desde então em estado vegetativo e nunca recebeu visitas.

Tentativas de identificação após morte

Segundo o médico que cuidou de Clarina, coronel Jorge Protatz, após a morte da paciente, um homem no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, que acredita ser filho de Clarinha, solicitou o exame de DNA.

Já o MPES, por meio da Promotoria de Justiça Cível de Vitória, informou que três pessoas procuraram a instituição na sexta-feira (15) em busca de informações relacionadas ao caso. Disse ainda que duas dessas pessoas já tinham feito contato em anos anteriores e, ao saber pela imprensa da morte, manifestaram interesse na realização de exame de DNA para confirmar possível parentesco.

O Ministério Público disse que, no momento, não é possível fornecer mais informações para preservar as pessoas e famílias envolvidas.

Força-tarefa para identificação

Segundo o MP, durante muitos anos, o Grupo Especial de Trabalho Social (Getso), atuou em diversas frentes, expedindo ofícios, fazendo diligências e cobrando perícias.

Após a extinção do Getso, os trabalhos de investigação tiveram continuidade com a 28ª promotora de Justiça Cível de Vitória, que adotou diversas providências, expandindo o espectro de busca pela identificação.

O órgão disse que foram expedidos ofícios para diversas instituições públicas que integraram uma campanha para saber quem era Clarinha.

Inclusive, segundo o órgão, Ministérios Públicos de outros Estados, bancos de dados de pessoas desaparecidas, delegacias, e a Polícia Federal foram procurados para ajudar na busca por informações sobre a mulher.

Triagem mais detalhada com DNA

O Ministério Público informou que das das famílias que acreditavam ser parentes, 22 casos chamaram mais atenção, pelas fotos ou pela similaridade dos dados próximos ao perfil pretérito de Clarinha.

Depois de uma triagem mais detalhada, quatro casos foram descartados, devido à incompatibilidade de informações ou pelo fato de as pessoas procuradas já terem sido encontradas.

O MPES dividiu as 18 pessoas restantes em dois grupos para a realização dos exames de DNA. No entanto, os resultados mostraram que não havia relação de parentesco.

Este vídeo pode te interessar

*Com informações do g1ES

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais