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Covid-19: por que está faltando a segunda dose da vacina Coronavac?

Covid-19: por que está faltando a segunda dose da vacina Coronavac?

A situação tem preocupado as pessoas que receberam a primeira dose do imunizante e estão com o prazo para a segunda dose vencendo. Secretário de Saúde apontou a motivação

Publicado em 25 de abril de 2021 às 08:43

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Dose da vacina Coronavac, contra a Covid-19
Frasco da vacina Coronavac, contra a Covid-19. (Divulgação | Secretaria de Saúde do Espírito Santo)

A falta de doses da Coronavac está preocupando quem tomou a primeira dose do imunizante contra a Covid-19 e já deveria receber a segunda dose. O repasse de lotes do imunizante aos Estados, prometido pelo Ministério da Saúde, foi menor que o necessário para atender todo o público.

Covid-19 - por que está faltando a segunda dose da vacina Coronavac

A Coronavac é produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, em São Paulo, em parceria com o laboratório farmacêutico chinês Sinovac e tem a previsão de intervalo de 28 dias entre a aplicação da primeira e da segunda doses, necessárias para que se tenha a imunização completa. 

O agendamento da segunda dose para o grupo que já esperou o prazo máximo entre a primeira e a segunda aplicação estava previsto para o final desta semana em Vitória e Vila Velha, por exemplo, e não aconteceu. Nas redes sociais das prefeituras, em publicações sobre o agendamento para novos grupos de capixabas, moradores reclamaram do atraso e dizem estar com medo de perder o efeito da primeira dose. 

Na noite de sábado (24), o secretário de Estado da Saúde (Sesa), Nésio Fernandes, usou as redes sociais para explicar o motivo do atraso e enfatizou que não é permitido tomar doses de laboratórios diferentes, apesar de no Espírito Santo isso ter acontecido, por engano, com pelo menos 500 pessoas.

"Não existem estudos de segurança e eficácia disponíveis para subsidiar o cruzamento de doses de fabricantes distintos. A vacina é um imunizante poderoso. Após aplicada não é um produto que se decompõe pela validade de dias. Até o presente momento, a ampla maioria dos estudos reforçou vantagens na ampliação do prazo de aplicação entre as doses. Na imensa maioria das vezes, não há prejuízo na produção de anticorpos com a ampliação breve do período entre as doses. Já há uma grande proteção contra a infecção, casos moderados, graves e óbitos", pontuou. Veja o que disse o secretário:

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    Não. O Estado sempre orientou o uso da primeira dose e a reserva da segunda dose em todos os lotes que vieram com esta definição do Ministério da Saúde. No entanto, nas remessas 8, 9 e 10, o ministério orientou usar amplamente os recursos na primeira dose. 

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    Não. Está faltando em todo o Brasil. Os gestores municipais capixabas estão executando a vacinação com grande desempenho e celeridade, faltam vacinas para completar o esquema. Em alguns estados, os gestores estaduais e municipais decidiram aplicar todo o estado da segunda dose para a primeira dose, não foi o caso do Espírito Santo onde seguimos com disciplina a orientação do Ministério da Saúde.

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    A vacina é um imunizante poderoso. Após aplicada não é um produto que se decompõe pela validade de dias. Até o presente momento, a ampla maioria dos estudos reforçou vantagens na ampliação do prazo de aplicação entre as doses. Na imensa maioria das vezes, não há prejuízo na produção de anticorpos com a ampliação breve do período entre as doses. Já há uma grande proteção contra a infecção, casos moderados, graves e óbitos. 

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    Em hipótese alguma, não! Não existem estudos de segurança e eficácia disponíveis para subsidiar o cruzamento de doses de fabricantes distintos. No Plano Nacional de Imunização nunca contraindicamos abandono de esquema por atrasos na aplicação da doses de ampla maioria vacinas. Atenção: não existe intervalo máximo entre as doses. 

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    Não em culpados. A bula e as normas do Plano Nacional de Imunização recomendam aplicação da segunda dose entre 14 e 28 dias. Pacientes com frequência reivindicam receber a vacina logo após os 14 dias. Sempre orientamos aplicar com 28 dias, no entanto, os próprios pacientes reivindicavam. 

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    Não. As doses destinadas aos professores e às forças de segurança são majoritariamente da Astrazeneca, sendo utilizada parte da reserva técnica. E professores só começarão, de fato, serem vacinados na próxima semana. 

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    Sim. Existia estabilidade na produção da Coronavac, o Ministério da Saúde e o Butantan decidiram por orientar a aplicação da primeira dose baseado nela. Estados e Municípios cumpriram a orientação. Se tivesse mantida a estabilidade, não teríamos atrasos. 

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    Não. Os insumos já chegaram no Instituo Butantan e até a primeira quinzena de maio serão fornecidas progressivamente todas as doses necessárias para aplicação da segunda dose. O calendário será atualizado e seguiremos avançando na luta contra a Covid-19. 

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