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Coronavírus: Fenep garante término do ano letivo em escolas particulares

Coronavírus: Fenep garante término do ano letivo em escolas particulares

Cancelamento do ano letivo seria um "absurdo", afirmou Ademar Batista Pereira, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), que representa cerca de 42 mil colégios no país

Publicado em 7 de maio de 2020 às 10:55

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Educação à distância
Com a pandemia da Covid-19, alunos usam a internet como ferramenta de aprendizagem. (Divulgação)

O presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Ademar Batista Pereira, afirmou que apesar das dificuldades impostas pela pandemia do novo coronavírus, envolvendo não apenas a saúde pública, mas também a educação e outros setores, as escolas particulares do Brasil trabalham para terminar o ano letivo de 2020. Ainda segundo ele, o cancelamento seria um "absurdo".

"Nós, da escola privada, estamos trabalhando para acabar o ano. É um absurdo cancelar o ano letivo. Isso aconteceu na Europa, mas já estavam quase no fim do período. As pessoas têm medo, mas precisam aprender a lidar com isso, que pode durar até o ano que vem. Nada melhor do que trabalhar com a educação, higiene", disse o Ademar Batista Pereira.

As declarações quanto à volta à normalidade da educação no país foram feitas em entrevista ao jornalista Fábio Botacin, durante o CBN Cotidiano, da Rádio CBN Vitória. Dias antes, a federação elaborou um plano de contenção da pandemia dentro das instituições de ensino que, segundo o presidente da Fenep, abrange os setores pedagógicos, jurídicos e da saúde.

O planejamento avalia 17 medidas sanitárias envolvendo novas formas de higiene e uma reorganização das salas de aula. Todas as ações são de combate à Covid-19, que no caso do Espírito Santoimpôs a suspensão de aulas na segunda quinzena de março.

"Apresentamos para a imprensa e agora em algumas cidades, nas federações. A escola não abrindo causa um impacto enorme na vida das famílias. A reabertura de forma controlada pode ser mais saudável para crianças e pais", completou o presidente.

Ainda segundo Ademar Batista Pereira, assim como o governo federal criou a renda básica emergencial, um auxílio aos trabalhadores, algo deveria ser feito para a sobrevivência do setor de ensino particular.

"O coronavírus pegou as pessoas e os salários, mas não pegou os boletos. A escola privada é o único setor que precisa entregar o ano letivo, mesmo que não receba, mesmo se os pais não pagarem. Não há nenhuma ajuda para a escola privada. Como criaram para os informais, deveriam fazer com que as escolas não fechem. Seria uma questão de inteligência do governo", comentou.

RETOMADA NO ESPÍRITO SANTO

Também em entrevista à Rádio CBN Vitória nesta quarta-feira (6), o Secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, foi mais cauteloso ao analisar uma possível volta às aulas.

Segundo o secretário, transmissões ao vivo estão sendo feitas com alunos, de forma que haja uma "discussão horizontal". Em umas dessas lives, na terça-feira (5), Vitor de Angelo disse que há um esforço da pasta para pensar em algumas questões, como a reorganização do calendário após o pico da pandemia do novo coronavírus.

Entre outras afirmações, o secretário comentou sobre um pedido de flexibilização de datas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e um possível rodízio de alunos quando as aulas voltarem a ser presenciais.

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