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Cidade do ES regulamenta o uso de cloroquina em casos leves de Covid-19

Cidade do ES regulamenta o uso de cloroquina em casos leves de Covid-19

Segundo Roberto Carlos Partelli, secretário de Saúde de Marilândia, no Noroeste do Estado,  a portaria municipal – que ainda não foi publicada – vai seguir as orientações do Ministério da Saúde

Publicado em 27 de maio de 2020 às 16:03

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Remédio, cloroquina
Secretário de Saúde de Marilândia anuncia portaria que prevê uso de cloroquina em pacientes leves da Covid-19. (Pixabay)

O secretário Municipal de Saúde de Marilândia, Roberto Carlos Partelli, anunciou em uma rede social a criação de um protocolo municipal que regulamenta o uso da cloroquina no tratamento de pacientes leves da Covid-19 no município do Noroeste do Espírito Santo.  A portaria será publicada nesta quarta-feira (27) e a compra do medicamento já foi autorizada.

Em entrevista para A Gazeta nesta quarta-feira, o secretário ressaltou que a portaria faz parte de uma decisão técnica e que vai seguir as recomendações do Ministério da Saúde. “A portaria é baseada na decisão do Ministério da Saúde. Vamos fazer a portaria, vou ver se assino ainda hoje, já autorizei a compra e também solicitei ao Ministério da Saúde que mande o medicamento para o município. Entendo que o Ministério da Saúde é o órgão maior na questão de saúde no Brasil. Se ele liberou, o cidadão tem o direito de utilizar”, explica.

Apesar da criação de uma portaria e da autorização para a compra do medicamento, o secretário pontuou que o município ainda não tem estoque de cloroquina disponível para uso na rede pública.

“Estamos acabando de preparar a portaria para assinar e publicar. No momento eu não tenho cloroquina aqui no município. Estou tentando comprar o medicamento desde que o Ministério da Saúde liberou e autorizei a compra. Enviamos um ofício para o Ministério da Saúde solicitando que eles enviem o medicamento para o município. Temos a cópia do documento, já preparamos a portaria, mas sem ter o medicamento fica inviável”, pontua.

O uso da cloroquina em pacientes com sintomas leves do novo coronavírus tem sido alvo de polêmicas e intenso debate na área médica. Ainda não há um consenso sobre a eficácia do medicamento no tratamento da doença.

No Espírito Santo, por exemplo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) utiliza o medicamento apenas para pacientes graves, em leitos de UTI. Entretanto, segundo a secretaria, o protocolo será revisado com uma equipe médica.

PORTARIA

De acordo com o secretário de Saúde de Marilândia, Roberto Carlos Partelli, antes de  tomar a decisão de fazer a portaria sobre o uso do medicamento, a secretaria ouviu opinião de médicos e profissionais de saúde.

“Sentamos com médicos do município, uma parte sempre foi favorável e outros não. O médico vai passar para o cidadão, se o cidadão quiser, ele vai fazer o uso do medicamento assinando um termo de responsabilidade”, explica.

Além disso, Partelli ressaltou as medidas de prevenção que foram adotadas no município para combater o avanço do novo coronavírus. “Desde março estamos 24 horas com a secretaria aberta funcionando. Somos o primeiro município a fazer barreiras sanitárias, a higienizar ruas, adotar o Pronto Atendimento com 30% de isolamento, entradas diferenciadas para pacientes comuns e para pacientes com casos suspeitos da doença, além da telemedicina. Hoje o médico acessa o prontuário do paciente pelo celular, de casa, por exemplo”, comenta.

Cidade de Marilândia, no Noroeste do ES
Cidade de Marilândia, no Noroeste do ES. (Divulgação)

Segundo o secretário, o município está no caminho certo no combate ao vírus. “A precaução de Marilândia hoje é pensar em como cuidar das pessoas, como monitorar diariamente a nossa população. Não temos hospital, temos um Pronto Atendimento. Tenho que dar suporte básico no município e isso garanto que o município faz”, pontua.

Em nota, a Prefeitura de Marilândia destacou que  a portaria que regulamenta o uso da cloroquina será publicada ainda nesta quarta-feira (27). 

O executivo municipal salientou  que as decisões para conter a pandemia do coronavírus em Marilândia são tomadas e definidas entre o Conselho Municipal de Saúde, Secretaria de Saúde, médicos e o prefeito Geder Camata, mediante todas as orientações do Ministério da Saúde. 

"Ressaltamos que cabe ao médico a decisão sobre prescrever ou não a substância, cloroquina, sendo necessária também a vontade declarada do paciente, com a assinatura do termo de ciência e consentimento", finalizou a prefeitura.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), foi procurada para se manifestar sobre a possibilidade do uso de cloroquina em Marilândia. Mas até o fechamento dessa reportagem  a Sesa não encaminhou nenhum posicionamento. 

CORONAVÍRUS EM MARILÂNDIA 

De acordo com os dados publicados no Painel Covid-19 da Secretaria de Estado da Saúde, Marilândia contabiliza oito casos confirmados de pacientes contaminados pelo novo coronavírus.  Desses,  três pacientes são considerados curados. Nenhum  óbito foi registrado. 

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