Com exatos 4 meses e 13 dias de vida, o bebê Rhuan recebeu alta médica no Hospital Infantil de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, nesta quinta-feira (9). O caso ganhou destaque após a vida dele ser salva graças a um projeto do hospital, em parceria o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP. A mãe teve morte encefálica durante a gestação e o pequeno foi mantido na barriga dela por mais 42 dias até ganhar peso.
O bebê, segundo o hospital, nasceu com 825 gramas e nesta quinta-feira (9) recebeu alta com 3,480 kg. Segundo a unidade, após constatada a morte encefálica da mãe, a equipe médica conseguiu mantê-la em aparelhos por 42 dias para que ele ganhasse peso até que completasse 26 semanas de gestação, quando aconteceu o parto.
“A mãe tinha uma patologia que levou a uma gestação de risco e foi desencadeando por uma série de complicações, onde foi aberto um protocolo de morte encefálica e conversamos com a família, que optou por manter a gestação até que fosse viável para retirada”, disse a Dra. Rosely Freixo, médica coordenadora da maternidade.
O bebê Rhuan e a família receberam uma homenagem na despedida do hospital. A equipe fez um ‘corredor da vida’ com momentos marcantes da evolução dele e bolas, além da entrega de um kit enxoval que será entregue a família.
“Por um lado é muita alegria e por outro, é tristeza e saudade. Foi uma espera de muita expectativa, sem saber o que ia acontecer e vi um milagre de Deus, é a história do Rhuan. Graças a Deus já deu tudo certo”, disse a avó materna do bebê, Adailda Benedita Gonçalves dos Santos.
Desde 2022, o HIFA tem resultados da TeleUTI, projeto desenvolvido em parceria com a USP, que vem salvando vidas de pacientes que passam por tratamento na UTI Materna do HIFA Maternidade.
“Somos referência em UTI obstétrica, mas não só isso, somos o único hospital no Estado que participa do projeto do Hospital das Clínicas, e nos destacamos como um hospital SUS com tecnologia e assistência de qualidade. A reportagem só reforçou que o avanço está presente não somente nos grandes centros ou maiores hospitais, mas também no Sul do Espírito Santo”, afirmou a Dra. Rosely Freixo, médica coordenadora da Maternidade.
Ela afirma que tem o objetivo de melhorar ainda mais a qualidade, segurança e a prática médico-assistencial das gestantes e puérperas em tratamento na UTI.
“Diariamente, inclusive aos finais de semana, realizamos videochamadas com profissionais da USP para falar dos quadros clínicos dos pacientes mais críticos que estão conosco. A partir daí adotamos protocolos e condutas que já deram certo com pacientes já acompanhados pelos profissionais do Hospital das Clínicas. Essa troca é fundamental, pois aumenta ainda mais a chance de sucesso nos tratamentos realizados”, destacou.
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