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Bebê mantido por 42 dias na barriga da mãe com morte encefálica recebe alta no ES

Bebê mantido por 42 dias na barriga da mãe com morte encefálica recebe alta no ES

Após a constatação da equipe médica da perda da função cerebral da mãe, a equipe médica manteve a gestação de Rhuan, que deixou o hospital nesta quinta-feira (9); veja a história

Publicado em 9 de novembro de 2023 às 16:58

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Com exatos 4 meses e 13 dias de vida, o bebê Rhuan recebeu alta médica no Hospital Infantil de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, nesta quinta-feira (9). O caso ganhou destaque após a vida dele ser salva graças a um projeto do hospital, em parceria o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP. A mãe teve morte encefálica durante a gestação e o pequeno foi mantido na barriga dela por mais 42 dias até ganhar peso.

O bebê, segundo o hospital, nasceu com 825 gramas e nesta quinta-feira (9) recebeu alta com 3,480 kg. Segundo a unidade, após constatada a morte encefálica da mãe, a equipe médica conseguiu mantê-la em aparelhos por 42 dias para que ele ganhasse peso até que completasse 26 semanas de gestação, quando aconteceu o parto.

“A mãe tinha uma patologia que levou a uma gestação de risco e foi desencadeando por uma série de complicações, onde foi aberto um protocolo de morte encefálica e conversamos com a família, que optou por manter a gestação até que fosse viável para retirada”, disse a Dra. Rosely Freixo, médica coordenadora da maternidade.

O bebê Rhuan e a família receberam uma homenagem na despedida do hospital. A equipe fez um ‘corredor da vida’ com momentos marcantes da evolução dele e bolas, além da entrega de um kit enxoval que será entregue a família.

Rhuan recebeu alta médica no Hospital Infantil de Cachoeiro de Itapemirim(Divulgação/ Hifa )

“Por um lado é muita alegria e por outro, é tristeza e saudade. Foi uma espera de muita expectativa, sem saber o que ia acontecer e vi um milagre de Deus, é a história do Rhuan. Graças a Deus já deu tudo certo”, disse a avó materna do bebê, Adailda Benedita Gonçalves dos Santos.

Projeto

Desde 2022, o HIFA tem resultados da TeleUTI, projeto desenvolvido em parceria com a USP, que vem salvando vidas de pacientes que passam por tratamento na UTI Materna do HIFA Maternidade.

“Somos referência em UTI obstétrica, mas não só isso, somos o único hospital no Estado que participa do projeto do Hospital das Clínicas, e nos destacamos como um hospital SUS com tecnologia e assistência de qualidade. A reportagem só reforçou que o avanço está presente não somente nos grandes centros ou maiores hospitais, mas também no Sul do Espírito Santo”, afirmou a Dra. Rosely Freixo, médica coordenadora da Maternidade.

Ela afirma que tem o objetivo de melhorar ainda mais a qualidade, segurança e a prática médico-assistencial das gestantes e puérperas em tratamento na UTI.

“Diariamente, inclusive aos finais de semana, realizamos videochamadas com profissionais da USP para falar dos quadros clínicos dos pacientes mais críticos que estão conosco. A partir daí adotamos protocolos e condutas que já deram certo com pacientes já acompanhados pelos profissionais do Hospital das Clínicas. Essa troca é fundamental, pois aumenta ainda mais a chance de sucesso nos tratamentos realizados”, destacou.

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