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Banhista é picado por cobra após pegar animal no mar da Praia da Costa

Banhista é picado por cobra após pegar animal no mar da Praia da Costa

O caso ocorreu neste domingo (26), na região conhecida como Bervelly Hills. Ao ver o animal na água, o homem foi pegar o réptil e acabou picado neste momento. Ele foi socorrido por salva-vidas que trabalhavam na área

Publicado em 27 de dezembro de 2021 às 12:42

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Você está na praia e, de repente, aparece uma cobra. Foi exatamente isso que aconteceu com um banhista neste domingo (26), enquanto se banhava na Praia da Costa, em Vila Velha. O detalhe foi que a cena inusitada não ficou apenas no susto: ao ver o réptil, o homem foi pegar o animal e, neste momento, acabou picado.

O incidente foi visto por diversos frequentadores, já que a praia estava cheia. Nos relatos encaminhados à reportagem de A Gazeta, inclusive com vídeos da cobra na areia da praia, é possível ver o animal se deslocando em direção à área de restinga presente na região.

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Vila Velha informou, em nota, que o banhista viu o animal na água e o pegou para retirá-lo, quando acabou picado. Os guarda-vidas que estavam próximos foram chamados e acionaram o atendimento médico para o banhista ferido.

COMUM EM RESTINGA

Ao ver as imagens, o biólogo Daniel Motta explicou que trata-se de uma cobra d'água (Helicops carinicaudus), espécie comum em regiões litorâneas. De acordo com o especialista, ela é uma serpente aquática que habita preferencialmente zonas litorais. Para a sorte do banhista, o réptil em questão não é venenoso. Desta forma, não oferece risco de intoxicação.

Motta ainda esclareceu que o ocorrido em Vila Velha não se trata de um "ataque do animal". Segundo ele, a cobra apenas reagiu em defesa ao ser manipulada pelo banhista. O animal apenas reagirá caso se sinta ameaçada, como foi neste caso.

Vitória
O biólogo Daniel Motta explicou que a cobra d'água não oferece riscos desde que não ameaçada. (Arquivo pessoal)

O biolólogo orienta que nunca se deve tentar manipular ou mexer com um animal do tipo. A recomendação é acionar as respectivas prefeituras e órgãos ambientais, como a Polícia Ambiental. Por se tratar de um animal com hábitos marinhos, o resgate torna-se inviável, salientou o especialista.

A recomendação do biólogo vai ao encontro do que foi orientado pela Prefeitura. Em caso semelhante, a PMVV orienta que não se deve manipular o animal e acionar os guarda-vidas, caso ocorra na praia, ou qualquer autoridade policial.

Já o serviço de resgate de animais silvestres pode ser solicitado através do 162 (ouvidoria municipal) ou direto no 190, encaminhando para a Polícia Militar Ambiental.

POLÍCIA AMBIENTAL

Também em nota, a o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) explicou que não realiza o recolhimento de animais que não envolvam situação de crime, conforme a missão da Unidade Especializada. No entanto, sendo solicitado pelo município, ou outro órgão de resgate, auxilia em determinados casos.

É importante destacar que a Polícia Militar Ambiental conta com o apoio das prefeituras da Região Metropolitana da Grande Vitória, por meio das Secretarias de Meio Ambiente, que também dispõem de técnicos e equipamentos para recolhimento de animais silvestres. Por isso, o primeiro contato a ser feito deve ser com as secretarias, em razão da proximidade e da disponibilidade de pessoal, diminuindo assim o tempo de atendimento.

A Polícia Militar Ambiental ressalta que em casos como o ocorrido na Praia da Costa, a orientação inicial é de que a pessoa seja socorrida o mais rápido possível ao hospital. Ainda, em casos específicos envolvendo animais peçonhentos encontrados em locais urbanos com grande circulação de pessoas, a Polícia Militar Ambiental não orienta soltura no mesmo local, a fim de não trazer risco aos frequentadores. Todo animal silvestre resgatado pelo BPMA é encaminhado ao CETAS (Centro de Triagem de Animais Silvestres) do Ibama.

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