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Aulas presenciais: ES propõe revezamento semanal de grupos de alunos

Aulas presenciais: ES propõe revezamento semanal de grupos de alunos

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (18), o Estado adiantou alguns detalhes do retorno das aulas presenciais, como a dinâmica de dividir as turmas em dois grupos para que tenham aulas, separadamente, a cada semana

Publicado em 18 de setembro de 2020 às 16:26

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aula -aluno - ensino - distancia - escola - curso
aula -aluno - ensino - distancia - escola - curso - quadro. (@jcomp/Freepik)

Embora ainda não haja data prevista para o retorno das aulas presenciais no Espírito Santo, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) já traçam estratégias de como deve acontecer essa volta. Em coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira (18), os secretários adiantaram alguns detalhes, como a dinâmica de dividir as turmas em dois grupos para que tenham aula, separadamente, a cada semana.

De acordo com o secretário de saúde, Nésio Fernandes, ainda não há uma definição de datas para a volta das aula presenciais. Porém, ele afirmou que o Estado já reuniu condições para que no próximo mês, em outubro, não exista nenhuma questão sanitária que impeça a volta progressiva das aulas presenciais.

"Do ponto de vista sanitário, devemos reunir condições para que dentro das condições propostas protocolo, haja um retorno gradual, respeitando o distanciamento, e poderá haver condições dessa retomada no mês de outubro. Mas ainda são necessárias avaliações e não há definição de data. Qualquer definição será tomada pelo conjunto do governo. Estamos debatendo primeiro retomar com o Ensino Médio e Fundamental, construindo estratégias que permitam a volta, na medida da decisão dos gestores do conjunto do governo. Mas eu digo para vocês, que do ponto de vista sanitário, temos condição de em outubro voltar forma gradual".

Para que esse retorno aconteça em segurança, o secretário de Educação, Vitor de Angeli, afirmou que o planejamento da secretaria de educação para a volta as aulas ficou em consulta pública durante dez dias, totalizando 6.300 contribuições. Paralelo a isso, de Angeli conta que foram enviados um total de R$ 12 milhões em recursos para as escolas comprarem materiais como máscaras e álcool em gel para serem disponibilizados aos alunos e funcionários.

TURMAS DIVIDIDAS EM DOIS GRUPOS

O secretário afirmou, ainda, que a proposta inicial é de que o Ensino Médio seja o primeiro a retornar com as aulas presenciais. As turmas devem ser divididas em dois grupos. Dessa forma, em uma semana um grupo teria aula presencial e, na semana seguinte, o outro grupo que iria para a aula. 

"Sobre propostas alternativas volta as aulas, a gente propôs uma volta por etapas, gradual, com todas as séries de Ensino Médio, Fundamental e, finalmente, o Infantil. Recebemos algumas propostas que vamos discutir com os demais integrantes do governo para tomar a decisão final. Foram muitos pedidos para que houvessem testes sorológicos – que é o que estamos anunciando aqui. E também queria chamar atenção para as pessoas que defendem a ideia de que as aulas presenciais só devem voltar após a vacina, que nem sequer foi testada em pessoas menores de 18 anos, o que mostra que calcular a volta das aulas com a chegada da vacina pode ser algo impreciso", disse.

PAIS PODEM DECIDIR SE FILHOS IRÃO PARA AS AULAS PRESENCIAIS

Com muitos pais e responsáveis ainda receosos em levar os filhos para as aulas presenciais, por enquanto sem data marcada, Vitor de Angeli afirmou que os responsáveis poderão optar por levar ou não os estudantes para as escolas.

"A ideia de que retomemos as aulas presenciais para quem quer voltar é uma medida importante porque existem aqueles que não possuem comorbidades, mas convivem com pessoas que possuem. Então, damos o direito da família fazer avaliação de forma pessoal. No conjunto da sociedade existem famílias que querem levar filhos para a escola e é importante que trabalhemos para esse retorno", afirma. 

ESCOLAS SERÃO FISCALIZADAS

O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, defendeu o retorno das aulas presenciais – ainda sem data definida – de forma segura. Ele afirmou que os riscos de contaminação do novo coronavírus já existe no contato dos estudantes com a sociedade em geral e que esses riscos podem ser diminuídos no retorno das escolas se houver respeito às medidas propostas, como o uso correto de máscara, higienização das mãos e distanciamento social. Para garantir isso, haverá fiscalizações nas instituições de ensino.

"Os próprios comitês das escolas, formados por pais, alunos e trabalhadores da educação, serão fiscalizadores. Não é possível que haja um fiscal da vigilância sanitária em todas as escolas. Mas avaliamos, sim, fazermos vistas nas principais instituições de ensino para ver, não só a questão material, mas como as pessoas se comportam. O declínio na taxa de transmissão menor que 1, em alguns municípios até de 0,3, além da queda robusta nas mortes, foi fundamental para nos dar a segurança de voltar com as aulas presenciais", afirmou. 

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