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Publicado em 14 de julho de 2025 às 21:36
Um advogado trabalhista acusa sócios de uma empresa de transportes de o agredirem, ameaçarem e insultarem durante uma audiência. O caso aconteceu nesta segunda-feira (14) durante uma sessão no Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região, na Enseada do Suá, em Vitória. Tudo teria começado após o advogado – que trabalha a favor do ex-funcionário da transportadora acusada – falar à juíza que a defesa do réu estaria entrando em contato com os ex-trabalhadores que processam a firma. >
Conforme contou ao repórter Daniel Marçal, da TV Gazeta, ele teria explicado a magistrada que a defesa da operadora de mercadorias estaria fazendo propostas a quem abriu o processo sem passar por ele. O advogado não quis se identificar à reportagem.>
"O cliente ajuizou ação em relação às horas extras e direitos suprimidos durante o contrato de trabalho. A audiência ocorria normalmente e em dado momento pedi a palavra a juíza para registrar um caso grave acerca de uma conduta que a empresa estava tomando nesse processo e em outros. A empresa entrava em contato com os clientes de fora do processo de modo que desistissem da ação trabalhista. Em contrapartida, seriam readmitidos e efetuar pagamento de acordo fora do processo", frisou o homem, que não quis se identificar.
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Logo após finalizar a fala, um dos sócios da transportadora, de acordo com o advogado, se exaltou. Xingamentos foram proferidos até a juíza controlar a situação. Porém, o homem informou que o caso não terminou. Na saída da sala de audiência, dois sócios o esperavam na porta.>
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"Eles me xingaram, ameaçaram e falaram 'vamos nos encontrar lá embaixo', 'Você vai ver quem eu sou', 'Você não me conhece'. Me senti ameaçado", frisou o advogado. >
Na sequência, ao seguir pelo saguão do TRT-ES, outro sócio teria dado uma cotovelada no ombro do advogado. A Polícia Jurídica compareceu e acionou a Polícia Militar. Os dois suspeitos foram encaminhados a Delegacia Regional de Vitória, onde permaneciam detidos até o começo da noite de segunda-feira. A Ordem dos Advogados (OAB) foi ao local para acompanhar o caso.>
"Certamente vamos tomar as medidas necessárias para que essa situação não aconteça mais tanto comigo quanto com toda a classe da advocacia trabalhista. Isso é um fato muito grave e deve ser reprimido pelo poder judiciário e sirva de lição para nossa classe ser unida para repreender esse tipo de conduta", salientou o advogado. >
A reportagem demandou OAB-ES para mais detalhes do caso. >
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