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Após quarentena, cai transmissão e média de mortes por Covid-19 no ES

Após quarentena, cai transmissão e média de mortes por Covid-19 no ES

Restrições impostas pelo governo do Estado para atividades econômicas e sociais também diminuíram a pressão sobre o sistema de saúde

Publicado em 23 de abril de 2021 às 21:25

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Gráfico comparativo da tendência de crescimento de casos de Covid - quarentena
Gráfico demonstra diferentes fases da tendência de crescimento de casos de Covid-19 no ES. (Divulgação/Governo do ES)
Aline Nunes
Repórter de Cotidiano / [email protected]

A quarentena que o governo do Estado impôs entre os meses de março e abril, para conter o crescimento acelerado de casos de Covid-19 no Espírito Santo, com quadros graves e elevado número de mortes, demonstrou ter surtido efeito. Os indicadores apontam que as medidas restritivas para atividades econômicas e sociais contribuíram para a redução da transmissão do Sars-Cov-2 (coronavírus) em território capixaba e também para a queda da média móvel de óbitos. 

Assim afirmou o governador Renato Casagrande em pronunciamento na noite desta sexta-feira (23), com a apresentação de uma série de gráficos que revelaram o comportamento da Covid-19 no Estado.

Em um gráfico de setas, Casagrande demonstrou a tendência de crescimento do número de casos da doença em diferentes fases da pandemia. A situação mais grave se apresentava justamente no período de fevereiro a março deste ano, num cenário pior do que os três primeiros meses da crise sanitária em 2020. Com a adoção da quarentena, de 18 de março a 4 de abril, a seta se moveu na direção de um período da pandemia (setembro a dezembro) em que menos pessoas foram infectadas. 

Outro recurso que o governador usou foi o painel desta sexta com os casos confirmados de Covid-19. Embora o registro de encerramento da semana seja apenas aos sábados, a redução até o momento se mostrou significativa. 

"Na semana número 11 (uma antes de começar a quarentena), nós tínhamos 14.745 casos confirmados. Chegamos a mais de 16 mil. Estamos fechando esta semana com 5.284 confirmados. Saiu de 16 mil, vai fechar a semana amanhã, chegar perto de 6 mil. São quase 10 mil casos a menos", comparou Casagrande.

Gráfico mostra os casos confirmados de Covid-19 a cada semana epidemiológica do ES
Gráfico mostra os casos confirmados de Covid-19 a cada semana epidemiológica do ES. (Divulgação | Governo do Espírito Santo)

O governador mencionou ainda o volume de casos ativos, ou seja, de infectados pelo coronavírus que estão num estágio ainda capazes de transmitir para outras pessoas. "Outro dado que mostra como as medidas foram importantes é o número de casos ativos há 28 dias. Chegamos a quase 18 mil e vamos fechar essa semana com 10 a 11 mil."

Com menos casos, também diminui a pressão sobre o sistema de saúde, o que se refletiu na taxa de ocupação de leitos hospitalares. Já fazia mais de um mês que o indicador era superior a 90%, o que levou o Espírito Santo todo a ingressar no risco extremo de transmissão da Covid-19 e a adotar a quarentena em março. Nesta sexta-feira, o Estado registrou 89,22% de UTIs ocupadas, possibilitando que a maioria dos municípios capixabas saísse do nível mais grave de contágio no mapa de risco. 

A tendência, na avaliação de Casagrande, é manter a redução da ocupação de leitos pela queda na quantidade de casos e também pela expansão que o governo fez para atender os pacientes com a Covid-19. Ele disse que, se o governo não tivesse tomado a decisão da quarentena, pacientes teriam morrido sem nenhum atendimento. 

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Aquilo que fizemos de abertura de leitos e a redução da transmissão nos permitiu atender todo mundo. A ocupação dos leitos de UTI ainda é alta. Não dá para comemorar, mas temos que celebrar as pequenas vitórias, para ter forças para continuar. Vai ser um ano todo de gestão da pandemia

Renato Casagrande
Governador do Espírito Santo
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De todos os indicadores da Covid-19, Casagrande observou que o de óbitos é o último a ceder. "Mas na média de 14 dias, ela já cedeu pela primeira vez. Na semana epidemiológica passada (dia 16) estava em 62,26 e agora está em 60,64. É um número que nos deixa triste. São, em média, 60 pessoas por dia. Cada vida que se perde é uma pessoa em luto. Precisamos continuar lutando para ir a zero. Nos óbitos da 11 ªsemana epidemiológica, quando começamos a quarentena, tínhamos 248. Foi crescendo e chegou a 490. Mas já começamos a ter queda", pontuou Casagrande.

Por fim, o governador reafirmou que as medidas foram importantes, embora nem sempre agradem a toda a população. "O que fizemos e estamos fazendo tem dado resultados. Como é bom fazer as coisas certas, tomar as decisões corretas. Simpáticas ou antipáticas, o resultado aparece."

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