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Gripe aviária: ES vai intensificar fiscalização nas granjas

Gripe aviária: ES vai intensificar fiscalização nas granjas

A medida pretende reforçar as ações de vigilância contra a doença, com foco na proteção da avicultura comercial capixaba

Publicado em 20 de maio de 2025 às 20:23

Granja, criação de aves, galinhas
O Espírito Santo é um dos maiores produtores de aves do país Crédito: Agência Brasil

Depois de o Ministério da Agricultura e Pecuária ter confirmado na semana passada o primeiro foco da gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, o governo do Espírito Santo anuncia estar tomando medidas para reforçar o combate à doença. Entre as ações, está a intensificação da fiscalização nas granjas. 

O Espírito Santo é um dos maiores produtores de aves do país e, desde antes da confirmação do caso no Sul, no início de maio, o Estado já havia prorrogado por mais 180 dias o estado de emergência zoossanitária. Foi a quarta prorrogação do decreto estadual, publicado pela primeira vez em julho de 2023.

A medida visa a reforçar as ações de vigilância e prevenção à doença, com foco na proteção da avicultura comercial capixaba — atividade estratégica para a geração de emprego, renda e abastecimento de alimentos.

Em reunião do Comitê Gestor de Enfrentamento à Influenza Aviária (CGIA) realizada nesta terça-feira (20), ficaram definidas as demais estratégias para reforçar o controle das granjas capixabas. 

O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, que preside o Comitê Gestor, destacou que o Estado mantém a articulação entre os setores público e privado, como vem fazendo desde a introdução do vírus, por meio de aves marinhas migratórias, em 2023.

“Alertamos que a biosseguridade é a essência para a proteção dos criatórios, sobretudo neste momento. É preciso reforçar os cuidados para impedir que o vírus chegue à avicultura comercial, que é um grande patrimônio de geração de emprego, renda e abastecimento de alimentos”, explicou Bergoli.

De acordo com o diretor-geral do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), Leonardo Cunha Monteiro, o órgão intensificará as fiscalizações nas granjas.

“É importante destacarmos que essas medidas visam proteger o nosso plantel. Temos um sistema de defesa sanitária animal robusto, que em 2023 conseguiu conter o avanço da influenza aviária, mas é preciso que as exigências preconizadas de biosseguridade sejam cumpridas, pois a introdução da doença ainda é um risco iminente. Também reforçamos a importância de que as suspeitas de doenças nas criações de subsistência ou nos estabelecimentos sejam notificadas ao Idaf o quanto antes”, pontuou Monteiro.

Segundo o gerente de Defesa Sanitária e Inspeção Animal do Idaf, Raoni Cezana Cipriano, já está previsto um treinamento para os novos médicos-veterinários do órgão.

“Em 2023, 86 profissionais foram capacitados e, em breve, será feito um novo treinamento com esses profissionais e com os novos servidores concursados, para que estejam aptos a realizar coleta, atender às notificações e fazer as avaliações técnicas cabíveis. O Serviço Veterinário Oficial, executado pela equipe técnica do Idaf, tem estado atuante e alerta a fim de mitigar os riscos de introdução da doença nas granjas comerciais no Estado”, disse Cipriano.

O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) responsabilizou-se pela articulação com as empresas que desenvolvem o monitoramento das praias e ilhas do Estado, a fim de unificar um canal de comunicação oficial de casos suspeitos em aves marinhas, para que as ações de enfrentamento sejam mais rápidas e eficazes na hipótese de confirmação de animais contaminados com a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

Consumo

O diretor-executivo da Associação dos Avicultores do Espírito Santo (Aves), Nélio Hand, destacou a segurança no consumo dos produtos como ovos e carne de frango.

“A população pode consumir esses produtos sem qualquer preocupação. Não há evidências de transmissão humana pelo consumo desses alimentos. Além disso, estamos orientando o setor para que reforce as medidas de biosseguridade nas granjas de modo que os plantéis possam ser protegidos. Importante ainda disseminar informações àqueles com produção de subsistência, alertando que eles também têm responsabilidade com a sanidade dos animais que produzem”, explicou Hand.

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