Publicado em 15 de janeiro de 2021 às 15:09
- Atualizado há 5 anos
O ator e ex-diretor da Globo Marcius Melhem, 48, protocolou na Justiça de São Paulo uma ação de indenização por danos morais e materiais contra Daniella Maria Giusti, mais conhecida por Dani Calabresa, 39, nesta quinta-feira (14). Na ação, Melhem ainda pede que a atriz faça uma retratação pública por "fatos inverídicos por ela divulgados ou corroborados por meio da mídia". >
Os advogados do ator, do escritório Panella Advogados, pedem uma indenização no valor de R$ 200 mil por danos morais e afirmam que a quantia será revertida para a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente). Sobre a retratação, eles pedem que seja feita pela atriz em todas as suas redes sociais, "bem como perante a revista piauí".>
Na ação, os advogados também solicitam que Dani Calabresa pague os "custos de tratamento psiquiátrico/psicoterápico, até a respectiva alta médica" de Malhem, "ressarcindo-o de todos os custos por ele incorridos ao longo deste processo, acrescidos de correção monetária e juros de mora". Com isso, a quantia solicitada passa a ser de R$ 246,4 mil, mais os custos do processo. Procurada, a defesa de Dani Calabresa disse que não vai se pronunciar.>
"O autor [Marcius Melhem], que não teve contra si processo que comprovasse o assédio, segue por seu turno, como 'persona non grata', como sói acontecer com os condenados por sentença transitada em julgado por tais delitos/crimes. Alijado da vida profissional, tem o seu nome, imagem e honra vilipendiados em todas as mídias com espectro nacional. Vê esgarçarem-se as relações familiares e sociais. Padece de sofrimento psíquico, restando submetido a custoso tratamento psiquiátrico", diz trecho da ação.>
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Em dezembro de 2019, vieram à tona notícias de que Melhem teria assediado moralmente atrizes do núcleo de humor da TV Globo. Em outubro de 2020, falando pela primeira vez sobre esses episódios, a advogada Mayra Cotta, representante das mulheres que se dizem assediadas por Melhem, comentou os supostos atos de abuso sexual do ator em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.>
O documento elaborado pela equipe de defesa de Marcius Melhem tem 60 páginas, no qual destacam os prints de mensagens trocadas entre eles, imagens de redes sociais de Calabresa e áudios para comprovar que a atriz continuava a ter uma relação amigável com ele até final de 2019. Ao comparar as mensagens e redes sociais da atriz, eles afirmam que "elas desmentem as acusações de assédio".>
Ao jornal Folha de S.Paulo, em dezembro de 2020, Marcius Melhem já havia mostrado essas mensagens trocadas com Calabresa para provar, na Justiça, que os dois mantinham uma relação íntima e amigável entre os anos de 2017 e 2019, época em que, segundo uma reportagem recente publicada na revista piauí, ele a teria assediado moral e sexualmente.>
Na mesma semana da entrevista ao jornal, as mensagens foram enviadas pela defesa de Melhem para o email de Calabresa, por uma notificação extrajudicial, dando prazo de cinco dias para que a atriz confirmasse ou negasse o teor da reportagem segundo a qual ela teria ficado traumatizada pelo assédio do humorista.>
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