Ele foi um dos nomes mais "quentes" do axé nas décadas de 1990 e 2000. Foram 15 anos à frente do Terra Samba e inúmeros sucessos que se tornaram verdadeiros hinos de uma geração micareteira, com "Liberar Geral", "Tô Fraco" e "Carrinho de Mão". Reinaldinho - que tinha tantos fãs que chegou a substituir Xuxa em um de seus programas na Rede Globo - está de volta apostando na carreira solo .
Seu novo projeto, "Buteco do Reinaldinho" faz uma espécie de "pré-Carnaval-pós-natalino" (deu para sacar a zoeira?) nesta quinta-feira (26), a partir das 20h, no Bar do Gordinho, em Vitória. No cardápio, sucessos dos 30 anos de carreira do baiano (algumas já citadas no início do texto) em um formato intimista, além do repertório eclético e a valorização de vários estilos musicais, como samba, reggae, pagode e pop. Uma diversidade em sintonia com o que toca nos botecos espalhados pelo país. Abaixo, veja o baiano cantando o clássico "Liberar Geral".
Dando uma pausa em sua corrida agenda, Reinaldinho conversou com o Divirta-se para falar sobre o seu "Buteco", que já ganhou um DVD ao vivo gravado em Belo Horizonte (MG), em setembro (aquele evento que Eduardo Costa confirmou presença, mandou o segurança e, na hora de subir ao palco, não apareceu, lembra?).
Durante o bate-papo, o ícone baiano também falou sobre a nova fase por que passa o axé e relembrou a maior ousadia de sua carreira: ter posado como veio ao mundo para a revista "G Magazine", em 2001.
Considero a saída de um grupo um momento normal na carreira do artista. Gostaria de alçar novos voos e partir para outros projetos. Quando você está em grupo, faz o que é melhor para todos. Queria mais do que isso! Acredito que tenha sido uma saída pacífica, sem problemas e confusões. Continuamos amigos. Agradeço o tempo que passei no Terra (Samba). Foi um momento de muito aprendizado.
Acredito que todo o ritmo tem o seu momento de glória. Se você olhar francamente, o sertanejo ocupou o espaço que era destinado ao axé. Penso que o retorno às paradas de sucesso se daria por uma série de fatores, especialmente o aparecimento de novos artistas e o próprio investimento da indústria fonográfica. O público também precisaria voltar a nos abraçar. Não é uma questão só de Salvador.
É um sonho antigo, um desejo de fazer um projeto num estilo mais minimalista, próximo do público. Sou muito nostálgico. Queria um espetáculo que ressaltasse os sucessos dos anos 1990 e 2000. Tento resgatar coisas que eu e o público gostamos de ouvir e cantar. O foco é fisgar os fãs na casa dos 30 e 40 anos. Sem dúvidas, todos os sucessos do Terra Samba estarão presentes. O público faz questão!
Sim, foi um momento para ressaltar os meus 30 anos de estrada. Tenho uma história linda com Belo Horizonte. Foi na cidade que gravamos o CD Ao Vivo E A Cores, do Terra Samba. O "Buteco Elétrico" contou com participação de amigos muito próximos e que foram importantes para a minha carreira, como Márcio Victor (Psirico), Compadre Washington, Dodo do Pixote, Xande de Pilares e Salgadinho, ex-Katinguelê. Estamos preparando o lançamento para depois do Carnaval.
Foi uma proposta muito boa financeiramente. Eram outros tempos, "outras vibes", pois era bem mais novo e em forma (risos). Jogava muita capoeira. Também fui impulsionado por outros famosos que toparam tirar a roupa, como os jogadores de futebol e outros cantores. Não tenho arrependimento nenhum. O próprio mercado literário foi ingrato com esses tipos de revistas sensuais. Não existe mais nem a "Playboy", por exemplo. Estamos vivendo em tempos e momentos diferentes. Hoje, não faria novamente. Não estou mais em forma para isso (risos).
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