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Jonavo lança segundo capítulo de sua eterna luta pelo folk brasileiro

Jonavo lança segundo capítulo de sua eterna luta pelo folk brasileiro

Criador do projeto Folk na Kombi, músico sul-mato-grossense volta com "Casulo"

Publicado em 2 de abril de 2018 às 18:05

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Músico Jonavo . (Sylvia Sanchez/Divulgação)

Sul-mato-grossense radicado em São Paulo, o músico Fernando Jonavo, ou apenas Jonavo, como assina, lançou na última sexta-feira seu disco “Casulo” nas principais plataformas de streaming. O trabalho de 10 faixas, que já havia sido lançado em versão física ano passado, passeia por vários estilos e é marcado por um gênero musical outrora incomum no mercado brasileiro: o folk.

Morador da capital paulista desde 2011, Jonavo percebeu que a música que ele fazia não era o que se habituou a chamar de MPB.

“Não conseguia reconhecer a música brasileira que eu fazia como MPB. E o fato de eu ser de onde eu sou me fez absorver as referências de lá”, diz.

Porém, quando se descobriu como músico de folk, Jovano percebeu que ninguém em São Paulo se identificava dessa forma. E foi em busca dessa identidade que ele fundou um projeto que mudou tudo.

FOLK NA KOMBI

O músico então se viu sozinho, mas não queria desistir. “O projeto Folk na Kombi surgiu nessa busca para começar a achar outras pessoas para divulgar o estilo. Uma andorinha só não faz o verão”, pondera.

Procurando parceiros ele encontrou dois: Bezão e Felipe. “Começamos com esse projeto de sair juntos, fazer show com a kombi do pai do Felipe de palco, com shows na rua”.

O projeto, além de alavancar a carreira dos três, serviu como divulgador do estilo. “Encontrei um campo vazio para crescer e usamos o nome folk em vários tipos de eventos diferentes. Nós povoamos. E isso é o que me dá mais orgulho, ter trazido esse nome para o Brasil porque o folk já estava aí”.

A vida de Jonavo sempre foi marcada por uma luta pela arte. O cantor teve o apoio dos pais, também artistas, para seguir esse caminho.

“Enquanto geralmente os pais falam ‘tenha uma faculdade e se quiser faça música’, lá em casa foi ao contrário: ‘faça arte e, se quiser, tenha um diploma’. A cobrança para que eu estivesse no lado artístico sempre foi muito grande. Obviamente eu precisei lutar, mas não precisei lutar em casa pra isso.”

Essa luta também ficou clara no processo de gravação do seu segundo disco solo. “Casulo” é um álbum independente, que nasceu apenas com investimentos próprios e de amigos – foi por isso que demorou três anos para ficar pronto.

“Tive parceiros, principalmente o Wlajones Carvalho (produtor do disco), mas foi todo de investimento próprio. Juntava uma grana e gravava uma coisa, juntava mais um pouco e mixava uma faixa. Foi na raça”, afirma.

Além da luta para angariar fundos para a gravação do disco, Jonavo afirma que sua busca por um álbum que considerasse muito bom também foi responsável pela demora. “Eu me dediquei muito, não queria fazer de qualquer jeito, queira fazer ‘o’ disco”.

O ‘tal’ disco é recheado de participações como a de irmã, Mogena. Entre os outros nome, um se destaca: Renato Teixeira, com quem Jonavo diz ter aprendido muito.

“Ele é um mestre. Foi um dos primeiros a se reconhecer como um artista folk. Ele sabe que ele está para um Cat Stevens e não perde nada pra ele”.

Com o disco (novamente) na rua, Jonavo só quer saber de tocar. “Eu quero fazer show, promover encontros, conhecer novos lugares. Eu quero estar no Espírito Santo, quero estar no Rio Grande do Sul. Quero colocar o violão nas costas e fazer som".

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