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Publicado em 25 de junho de 2021 às 13:18
Nesta sexta-feira (25), o Museu de Arte do Espírito Santo (Maes) recebe a exposição Corpo-Experimento, que reúne obras de artistas do Brasil todo que convidam a refletir sobre o próprio organismo humano, como o próprio nome sugere. Entre fotografias, vídeos e instalações, os participantes também promovem debates sobre o viés sensorial das funções humanas. As atividades acontecem durante a permanência da mostra, prevista para ir até 25 de agosto.>
“É uma exposição de arte contemporânea, então a questão do experimento formal é dominante. A gente não se apegou a linguagens tradicionais, como pintura, escultura e desenho. Então, existe também essa proposta dos artistas dialogarem com gêneros tradicionais, mas propondo objetos e intervenções mais provocativas”, apresenta o curador, Gilberto Alexandre Sobrinho, também professor do departamento de Multimeios, Mídia e Comunicação do Instituto de Artes da Unicamp. >
E continua: “O que unifica todas as obras é exatamente o título da exposição, que é a ideia do corpo como experimento ou a partir do corpo se constituir um processo criativo. Então é como a partir do corpo, da visualização do corpo, como nós podemos olhar diferentes processos criativos”. >
Participam da exposição os artistas Aline Motta, Angella Conte, Geovanni Lima, Natalie Mirêdia, Nazareth Pacheco, Peter de Brito, Rafael Bqueer, Renan Marcondes, Renata Felinto e Tiago Sant’Ana, além da artista convidada Eneida Sanches. >
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Segundo o curador, a intenção não era fazer nenhum ponto de ligação com o atual momento do mundo – de pandemia da Covid-19. No entanto, uma obra acabou criando um paralelo entre o isolamento social provocado pela doença. >
"É um trabalho muito específico, que é do artista Renan Marcondes. É uma obra que mostra um dispositivo de proteção para corpos se aproximarem, que ele pensou muito antes da pandemia. Mas é uma obra sensível à realidade atual, de pandemia e quarentena", diz Gilberto. >
Na hora de selecionar os trabalhos, o professor de artes diz que só se ateve à visão dos artistas em como lidar com diferentes superfícies na hora de manifestar as obras. >
"Fico atento a essas formas. Alguns artistas negligenciam as superfícies, mas outros têm distintas formas de estarem sempre atentos à questão política, à questão racial, social. Uma arte com intervenção política, que não é de protesto, mas feita por um artista que está atento ao protesto e à dimensão política que seus trabalhos podem ter”, finaliza. >
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