Após estrear nos cinemas do país como não recomendado para menores de 18 anos, "Deadpool 2" teve a sua classificação indicativa alterada para 16 anos. O anúncio foi feito nesta sexta-feira pela Fox Film do Brasil, que distribui o filme estrelado por Ryan Reynolds no país. Menores de 16 terão a entrada autorizada desde que acompanhados pelos pais ou responsáveis legais.
A Fox já havia tentado negociar com o Ministério da Justiça uma classificação indicativa mais amena para o novo filme, antes do Departamento de Políticas de Justiça do Ministério definir que o longa seria proibido para menores de 18 anos por conter exibição de drogas, violência extrema e conteúdo impactante. Espectadores com idades abaixo dessa faixa não seriam admitidos nas salas nem se estiverem acompanhados de seus pais ou responsáveis.
Com isso, algumas redes de exibição e serviços online de vendas de ingressos, como o Cinemark (veja abaixo), começaram a orientar os menores de idade que tinham adquirido entradas para o filme na pré-venda a pedirem reembolso. A repercussão nas redes sociais foi grande, com manifestações a favor e contra a medida. Boa parte das reclamações veio de fãs menores que estavam se programando para assistir ao filme.
No Twitter, a página do Cinematerna, organização social sem fins lucrativos que promove sessões de cinema para mães de bebês com até 18 meses, estampava uma publicação que dizia: Mães e pais frequentadores do CineMaterna nos escreveram pedindo Deadpool 2. Queremos contar que este filme não poderá ser exibido em nossas sessões. A nova aventura da Marvel recebeu classificação 18 anos.
Segundo uma fonte da empresa com conhecimento do assunto, a primeira decisão do Ministério da Justiça foi recebida com surpresa, até porque o primeiro filme da franquia, Deadpool (2016), era mais violento e recebeu classificação de 16 anos.
A restrição imposta pela classificação era uma ameaça à bilheteria de Deadpool 2. O primeiro filme foi um grande sucesso, com arrecadação de US$ 783 milhões em todo o mundo US$ 20,6 milhões só no Brasil.
São raros os filmes que ganham classificação máxima no Brasil. O brasileiro Aquarius (2016), de Kleber Mendonça Filho, chegou a ter a classificação máxima, mas, após mobilização do setor e uma reunião entre a distribuidora e o secretário nacional de Justiça e Cidadania da época, Gustavo Marrone, passou para 16 anos.
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