Publicado em 9 de novembro de 2022 às 09:00
Na trajetória do estudante, o estágio é a porta de entrada para o mercado de trabalho, tornando-se a primeira experiência profissional. Especialistas defendem o ato de estagiar como uma etapa insubstituível na formação dos jovens. >
E, nessa fase da vida dos estudantes, as empresas privadas possuem um papel crucial, pois na maioria das vezes elas são as responsáveis por absorver esses alunos, dando a eles a oportunidade de ter o primeiro contato com a carreira que pretendem seguir. Muitos jovens conseguem construir uma trajetória de sucesso enquanto estagiários, firmando-se, em seguida, no mesmo lugar em que começaram como aprendizes.>
Ticiana Santiago de Sá, professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) e especialista em psicologia do desenvolvimento da aprendizagem, afirma que a prática de estágio é o primeiro passo para que os jovens comecem a criar uma identidade profissional que definirá suas escolhas no futuro. >
“O estágio permite uma convivência mais contextualizada, não só uma experiência, não só um estudo de caso, mas um contato com a realidade, possibilitando um recorte vivencial, que também permite ao estudante criar a sua identidade profissional”, explica.>
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Gerente de implementação e desenvolvimento do Itaú Educação e Trabalho, Cacau Lopes da Silva também destaca a importância de fazer estágios durante a formação. Para ela, ter um contato com ambientes que simulem ou seja realmente como será o funcionamento do trabalho escolhido pelos jovens é uma maneira de compreender como as coisas acontecem na prática. >
No entanto, a especialista faz um alerta: esses estudantes precisam estar dispostos e abertos a esse primeiro contato.>
No Espírito Santo, há também instituições que cumprem papel semelhante ao das empresas privadas e que proporcionam aos estudantes, por meio dos estágios remunerados, uma aproximação da profissão almejada pelos jovens, entre elas o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) e o Tribunal de Contas do Estado (TCES).>
No caso do TJES, por exemplo, 2.435 estagiários fazem parte do quadro da instituição. E, no Poder Judiciário, ainda há a possibilidade de atuar após a conclusão da faculdade, mais especificamente se a formação for no curso de Direito. Isso porque o estudante pode voltar à Corte, já formado, para atuar como estagiário de pós-graduação ou como residente jurídico.>
Cintia Simões Varejão, secretária de gestão de pessoas do TJES, reconhece no estágio uma oportunidade para que os jovens possam traçar um caminho de sucesso na vida profissional. >
“É uma oportunidade de praticar o aprendizado adquirido em sala de aula. É a possibilidade de perceber a afinidade com determinada área do curso, bem como conhecer e entender melhor o seu desejo e suas habilidades. Estagiar no Poder Judiciário é conhecer de perto a rotina do profissional do Direito em sua área de atuação, que pode ser como advogado, juiz, promotor ou servidor público”, observa.>
Além de apresentar um panorama de como funciona a política de estágios no TJES, Cíntia também deixa uma dica para os jovens que pretendem conquistar o seu espaço no mercado de trabalho, tanto no setor público quanto no privado. >
“Para ser um bom profissional, independentemente da carreira, sem dúvida a palavra-chave é dedicação, seja nos estudos, seja no trabalho. Um profissional dedicado e responsável, com uma comunicação assertiva, será um profissional de sucesso”, evidencia.>
No TCES, são 73 estagiários que fazem parte da estrutura do órgão. As áreas são variadas, como Administração, Arquitetura, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Comunicação Social, Direito, Informática e Engenharia. Todas as vagas são voltadas para estudantes de nível superior, sendo que eles atuam nos gabinetes dos conselheiros, conselheiros substitutos, secretarias e núcleos. Ou seja, esses estudantes podem atuar tanto em setores mais técnicos, quanto em funções mais administrativas.>
Há, no Tribunal de Contas do Estado, casos de ex-estagiários que se tornaram funcionários em tempo integral, especialmente os que tiveram passagem pelo setor de Tecnologia da Informação (TI) da instituição, compondo, assim, a estrutura de servidores. >
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