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Tratar bem as mulheres pode tornar países muito mais ricos

Tratar bem as mulheres pode tornar países muito mais ricos

Maior presença de mulheres no mercado de trabalho pode aumentar crescimento em até 20%

Publicado em 17 de maio de 2018 às 11:35

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Estudos mostram que a maior participação das mulheres no mercado de trabalho estimula crescimento da economia . (Pixabay)

Os governos interessados em gerar um crescimento econômico muito maior precisam ter mais mulheres no mercado de trabalho. A prova disso está nos países nórdicos. A região se tornou muito mais rica graças a décadas de políticas destinadas a melhorar a igualdade de gênero, de acordo com um relatório publicado nesta semana pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

— Os países nórdicos são uma inspiração — disse José Ángel Gurría, secretário-geral da OCDE, em comentários preparados. Ele considera que as estruturas projetadas para apoiar as famílias são fundamentais.

A região, que coincidentemente também tende a ficar no topo dos índices mundiais de felicidade, passou os últimos 50 anos convocando mais mulheres para a força de trabalho em uma mudança que aumentou em até 20% o crescimento econômico per capita, segundo estimativas da OCDE. A organização com sede em Paris afirma que o progresso contínuo em igualdade de gênero no mercado de trabalho poderia adicionar mais 30% às taxas de crescimento econômico até 2040.

Gurría apontou como fundamental o que ele chamou de “apoio contínuo a famílias com filhos” da região. Isso inclui “licença parental remunerada e generosa; educação e cuidados infantis subsidiados e de alta qualidade; e creche fora do horário escolar.”

As taxas de emprego feminino na região nórdica variam de 68% a 83%, de acordo com o estudo. Isso se compara com uma média da OCDE de 59%. As taxas de emprego se tornaram mais elevadas depois que a região tomou medidas oficiais para punir a discriminação. Por exemplo, é ilegal demitir mulheres depois de elas terem filhos.

Henriette Laursen, chefe do Centro Dinamarquês de Pesquisa e Informação sobre Gênero, Igualdade e Diversidade, diz que os subsídios do governo para o cuidado de crianças e idosos são essenciais para tornar esses serviços acessíveis para todas as famílias.

— Os principais problemas aqui não são apenas a possibilidade de contar com assistência para crianças e idosos, mas também o preço disso — disse Laursen. — No Reino Unido, por exemplo, existe um bom serviço de assistência infantil, mas as pessoas não conseguem ganhar o suficiente para pagá-lo, então só as famílias em melhor situação o utilizam.

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— Não vejo razão para que outros países não possam copiar. Além de razões políticas — o modelo nórdico, disse Laursen.

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