Publicado em 12 de junho de 2023 às 11:47
RIO DE JANEIRO - A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) aprovou nesta segunda-feira (12) o índice máximo de 9,63% para o reajuste anual dos planos de saúde individuais e familiares no país.>
O teto de aumento é válido para o período de maio de 2023 a abril de 2024 e foi anunciado em reunião da diretoria colegiada da ANS.>
O reajuste anual é aplicado pelas operadoras na data de aniversário dos contratos (mês da contratação dos serviços) e não envolve os planos coletivos, sejam eles empresariais ou por adesão.>
O índice veio abaixo do intervalo esperado pelo setor. A Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) projetava que o reajuste ficaria entre 10% e 12%.>
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O novo índice é menor do que o aprovado em 2022. No ano passado, a ANS autorizou um reajuste anual máximo de 15,5% para os planos individuais e familiares. Foi a maior alta da série histórica com dados desde 2000.>
O avanço de 2022 veio após os planos terem reajuste negativo (-8,19%), pela primeira vez, em 2021. A decisão da agência em 2021 foi tomada em razão da queda no uso dos serviços de saúde suplementar e a consequente redução das despesas assistenciais em 2020, ano inicial da pandemia de Covid-19.>
Em abril de 2023, o Brasil tinha um total de quase 50,6 milhões de beneficiários de planos de saúde, de acordo com dados divulgados pela ANS.>
Desse contingente, 8,9 milhões eram usuários de planos individuais ou familiares. O número equivale a 17,6% do total — ou seja, a minoria do setor.>
Enquanto isso, os beneficiários de planos coletivos (empresariais, por adesão ou não identificados) chegavam a 41,6 milhões. Eles representavam 82,3% do total.>
A ANS aprova, anualmente, o limite para os planos individuais e familiares. Já o percentual de revisão dos coletivos é determinado a partir das negociações das próprias operadoras.>
Em abril, reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que, entre os planos coletivos por adesão, houve altas que chegaram a quase 60%, o que gerou reclamações de clientes. À época, representantes do setor mencionaram que os aumentos eram necessários para garantir o equilíbrio do sistema.>
O setor saiu da crise sanitária com as contas em crise, situação que ainda persiste. Em 2022, houve prejuízo operacional de R$ 11,5 bilhões. Foi o pior resultado desde o começo da série histórica, em 2001.>
Segundo a ANS, a definição do reajuste passou pela aprovação da diretoria colegiada da agência e pela apreciação do Ministério da Fazenda.>
A agência vem utilizando metodologia que combina a variação das despesas assistenciais com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) descontado o subitem plano de saúde.>
O cálculo é baseado na diferença das despesas assistenciais por beneficiário dos planos de saúde individuais de um ano para o outro.>
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