Publicado em 9 de maio de 2025 às 09:58
RIO DE JANEIRO - A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), desacelerou a 0,43% em abril, após marcar 0,56% em março, apontam dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).>
O novo resultado veio praticamente em linha com a mediana das projeções do mercado financeiro, que era de 0,42%, de acordo com a agência Bloomberg. O intervalo das estimativas ia de 0,38% a 0,6%.>
Com o dado de abril, o IPCA passou a acumular alta de 5,53% em 12 meses, segundo o IBGE. O resultado ficou acima da taxa de 5,48% registrada até março.>
O acumulado segue distante do teto de 4,5% da meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central). Em uma tentativa de conter os preços, a instituição promoveu um ciclo de aumento na taxa básica de juros, a Selic, que chegou nesta semana a 14,75% ao ano. É o maior nível em quase duas décadas.>
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O choque na taxa de juros busca esfriar a demanda por bens e serviços e, assim, reduzir a pressão inflacionária. O possível efeito colateral é a perda de fôlego da atividade econômica, já que o crédito fica mais caro para consumo e investimentos produtivos.>
O BC passa a perseguir a meta de inflação de maneira contínua em 2025, abandonando o chamado ano-calendário (janeiro a dezembro).>
No novo modelo, o alvo será considerado descumprido quando o IPCA acumulado permanecer por seis meses seguidos fora do intervalo de tolerância, que vai de 1,5% (piso) a 4,5% (teto). O centro da meta é de 3%.>
O mercado financeiro projeta IPCA de 5,53% no fechamento deste ano, conforme a edição mais recente do boletim Focus, divulgada na segunda (5) pelo BC. A previsão caiu nas últimas três semanas da pesquisa, mas segue distante do teto de 4,5%.>
O governo Lula (PT) tem comemorado dados positivos na área econômica, incluindo o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), o aumento da renda e a redução do desemprego para níveis mínimos da série histórica.>
Por outro lado, a inflação de itens como alimentos virou preocupação para o presidente e seus apoiadores. A carestia desses produtos afeta principalmente as famílias mais pobres e é apontada como uma das principais razões para a queda da aprovação de Lula no começo de 2024. Os alimentos subiram de preço em um cenário de problemas climáticos e dólar alto.>
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